Redação/ Assessoria
A Shell, em parceria com a FMC, desenvolveu uma nova tecnologia offshore que consegue aliar duas características primordiais em qualquer projeto: eficiência e redução de custos. A inovação permite conectar tubulações de controle e injeção de químicos em equipamentos submarinos de forma rápida, segura e econômica. O projeto nasceu da constatação de que o processo de soldagem orbital e inspeções de qualidade por raio-X, utilizado atualmente, poderia ser melhorado, trazendo a experiência da indústria aeronáutica neste tipo de conexão. Bastava conhecer melhor esta tecnologia e qualificá-la para a aplicação no offshore.
O Gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da Shell, João Mariano, explica que, normalmente, para o controle do fluído do poço são utilizadas válvulas que devem ser acionadas hidraulicamente. Esse fluido circula por tubulações de metal de tamanhos variados que utilizam dobras nos tubos e soldas orbitais para a conexão entre eles. “O objetivo desta nossa invenção foi desenvolver uma conexão de material de liga de memória que proporcione vantagens como o tempo de montagem, que é insignificante em comparação com a soldagem orbital, pois requer apenas alguns minutos”, ressalta Mariano.
A tecnologia ainda permite aumentar a segurança do trabalho, dispensar a inspeção por raios-X e os constantes treinamentos de pessoal técnico.
Próximos passos
“Estamos utilizando esta tecnologia nos equipamentos submarinos da fase 3 do BC-10 e há quase dois anos lançamos um módulo de teste em um equipamento submarino deste campo, com o objetivo de analisar o comportamento da nova conexão em condições reais”, explica o gerente de Pesquisa e Desenvolvimento.
Este novo processo de conexão de tubings também será utilizado em produtos exportados e em campos da Shell em outras partes do mundo. Ainda de acordo com Mariano, o novo método é adequado para ser utilizado no acoplamento de tubulações de equipamentos submarinos, as quais requerem maior segurança no que diz respeito à firmeza do acoplamento e estanqueidade da vedação.
O desenvolvimento da tecnologia teve ainda a participação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com uma consultoria especializada em fraturas metálicas, e também em ensaios de laboratórios executados na universidade. A previsão é que a inovação, que é uma das três finalistas do Prêmio de Inovação Tecnológica da ANP, seja incorporada aos novos equipamentos submarinos, não apenas os fabricados e utilizados no País, mas também aos que serão utilizados em outros campos pelo mundo.
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