A sexta edição do evento está acontecendo no Armazém 5 do Píer Mauá, no Rio de Janeiro, e tem a opção de participação presencial e online
Redação TN Petróleo/AssessoriaCom debates sobre matriz energética, inteligência artificial, diversidade e cultura, começou hoje o Shell Talks, evento prioritário da Shell Brasil que se propõe a debater e provocar reflexões sobre assuntos prioritários na transformação da sociedade. O painel de abertura teve como tema “Nova Matriz Energética: O Brasil no Palco Global”, e contou com a participação de Flavio Rodrigues (Shell), Phillipe Casale (Raízen), Cristina Pinho (Conselheira), Elisa Salomão Lage (BNDES) e foi mediado pela jornalista Rosana Jatobá.
Os especialistas falaram sobre os dilemas da transição energética derivados do conflito entre Rússia e Ucrânia e a configuração da nova matriz, além do papel do gás natural e biocombustíveis, além da relevância do investimento em tecnologia e inovação no desenvolvimento de projetos de energia renovável.
Vice-presidente de Relações Corporativas da Shell Brasil, Flavio Rodrigues, falou sobre três elementos centrais na discussão sobre a transição energética, além do clima: os aspectos técnico, econômico e social.
“Recentemente, a Agência Internacional de Energia divulgou relatório que mostra que, das 50 medidas necessárias para alcançarmos as emissões líquidas zero até 2050, apenas três atingiram seus objetivos até o momento. Nesse contexto, acredito que o maior desafio é como conseguimos fazer essa evolução sem deixar de endereçar o trilema segurança energética, sustentabilidade e a transição justa”, afirmou ele, que ressaltou que não podemos deixar de olhar para as mais de 760 milhões de pessoas que hoje não têm acesso à energia elétrica.
Ao avaliar o impacto da guerra da Ucrânia no processo de transformação da matriz energética, a conselheira Cristina Pinho destacou que, o que pareceu em um primeiro momento um retrocesso ambiental, no médio e no longo prazo pode se apresentar como uma grande oportunidade para tornar as energias renováveis mais competitivas:
“Quando a Europa percebeu sua dependência do escoamento de gás russo, isso mexeu com as cadeias globais e teve como reflexo o aumento de preços, inflação, insegurança alimentar. Os países ficaram preocupados e buscaram outras fontes em curto prazo, aumentando a produção do carvão e reabrindo algumas usinas nucleares. Mas esse reflexo não é um andar para trás na energia renovável. Esse momento de insegurança energética abriu os olhos para o mundo de temos que ter um tempo adequado para a transição energética”.
Elisa Salomão Lage, Chefe de departamento de Gás, Petróleo e Navegação do BNDES, ressaltou que o Brasil tem a matriz elétrica mais limpa do G20, o que estimula a atração de indústrias paro país, interessadas em reduzir suas emissões.
“Ainda temos um potencial eólico e solar muito grande a desenvolver, tanto do onshore quanto offshore, e isso representa um grande diferencial competitivo, além de podermos alavancar a produção do hidrogênio verde. Mas não podemos avançar mais nessas questões sem um marco regulatório. O BNDES tem participado de diversos grupos dando suas contribuições de análise setorial e pretende se transformar em uma plataforma verde de investimentos, fazendo a captação e ajudando a desenvolver e estruturar esses projetos”, disse a executiva.
Único player do mundo a ter uma planta de etanol celulósico em escala mundial, a Raízen é também a primeira produtora de etanol a receber certificação para produzir o SAF, combustível que tem o potencial de reduzir em até 80% as emissões do setor de aviação. Phillipe Casale, Diretor de Relações com o Investidor da Raízen, o define como um grande exemplo da contribuição para a descarbonização de forma mais acelerada:
“O Brasil tem hoje diversos projetos que podem acelerar essa jornada da transição energética, e o SAF é um deles, uma vez que a queima de combustível de aviação representa 3% das emissões globais. Ainda temos uma pequena proporção do SAF sendo utilizada, menos de 1%, e vários projetos de produção estão sendo implementados no mundo. Mas é uma das iniciativas mais promissoras do setor de transporte do mundo”.
Em sua sexta edição, o Shelll Talks está acontecendo no Armazém 5 do Píer Mauá, no Rio de Janeiro, e tem a opção de participação presencial e online.
Saiba mais sobre o Shell Talks 2023
Os interessados em participar presencialmente dos painéis devem fazer a inscrição na página do evento. O público também poderá acompanhar a transmissão ao vivo pelo site da companhia.
Confira a programação completa:
Dia 31/ 08:
Painel 1 - 9h30 às 11h
NOVA MATRIZ ENERGÉTICA: O BRASIL NO PALCO GLOBAL
Painelistas:
Flavio Rodrigues - vice-presidente de Relações Corporativas da Shell Brasil
Phillipe Casale - diretor de Relações com Investidores da Raízen
Cristina Pinho – conselheira do segmento de Óleo, Gás e Energia
Elisa Salomão Lage - chefe do Departamento de Gás, Petróleo e Descarbonização do BNDES
Moderadora: Rosana Jatobá
Painel 2 - 14h às 15h30
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL: A NOVA FRONTEIRA?
Painelistas:
Mohamed Sidahmed - Gerente do Hub de Tecnologia Digital do departamento de R&D Shell Brasil
Mohammad Zia - gerente de Tecnologias Emergentes e Políticas Públicas da Meta
Alexandre Viana de Miranda – líder de Operações de Contas para Dados e IA da Microsoft
Paulo Ivson - professor do Departamento de Informática da PUC-Rio
Moderador: Ronaldo Lemos (advogado especialista em tecnologia)
Dia 01/09:
Painel 3 - 9h30 às 11h
DIVERSIDADE, EQUIDADE E INCLUSÃO: UMA VISÃO COMPARTILHADA
Painelistas:
Mauricio Santos - gerente de Relações com Empregados e com a Indústria da Shell Brasil
Wilson Marcondes - diretor de Tecnologia e Cloud / Sponsor do Color Brave, pilar de raça do programa de DE&I da Accenture do Brasil
Regina Silvestre - gerente sênior de Cultura e D&I da Vivo
Moderadora: Ana Lucia Melo (diretora-adjunta do Instituto Ethos)
Painel 4 - 14h às 15h30
A ENERGIA DA CULTURA IMPULSIONANDO O DESENVOLVIMENTO
Painelistas:
Jader Rosa – superintendente Itaú Cultural
Isabel de Paula – coordenadora de Cultura da UNESCO no Brasil
Andrea Santos Guimarães - diretora de Desenvolvimento Econômico do Ministério da Cultura
Vilma Lustosa - diretora de Comunicação, Marketing e Institucional do Festival do Rio
Moderadora: Leila Sterenberg (jornalista)
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