GLP

SHV briga pela liderança de mercado

Valor Econômico
02/03/2005 03:00
Visualizações: 883 (0) (0) (0) (0)

Prioridade da companhia é ganhar eficiência aproveitando a sinergia da Supergasbrás e da Minasgás.

A briga pela liderança no mercado nacional de GLP (gás liquefeito de petróleo, conhecido como gás de cozinha), está cada vez mais acirrada após o período de fusões e aquisições ocorrido ano passado. A holandesa SHV Gás, controladora da Minasgás - que assumiu a segunda posição no mercado há seis meses, quando comprou a Supergasbrás - , quer brigar pela liderança de mercado. Com as duas marcas juntas, a empresa está apenas 0.37 ponto percentual atrás da primeira colocada, a Ultragaz.
Segundo dados do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de GLP (Sindigás), a Ultragaz encerrou 2004 com 24,08% do mercado de GLP enquanto a SHV Gás teve participação de 23,71%.
O presidente da SHV Gás, Lauro Cotta, afirma que o objetivo é "ser líder em qualidade". Mas a prioridade da empresa neste período pós-fusão é ganhar eficiência aproveitando ao máximo a sinergia da Supergasbrás e da Minasgás, e partir para um aumento de 2% no seu mercado em 2005. Apesar da previsão otimista, Cotta relata que "teve um susto" em janeiro, quando as vendas retraíram 4%. " Mas esperamos uma retomada em março".
Uma das metas, segundo Cotta, é partir para a conquista do mercado nordestino. Hoje, a SHV é líder no Rio de Janeiro, em Minas Gerais, no Distrito Federal, Goiás e no Paraná.
"A competição na área de GLP é enorme e trabalhamos com margens muito comprimidas. Além disto, não há nenhum instrumento que mantenha a fidelidade do cliente, já que ele pode trocar de fornecedor a qualquer momento com o mesmo botijão", lembra. Para Cotta, o único meio de manter a rentabilidade é se tornando mais eficiente e explorando a escala.
Nesta lógica, desde a aquisição do controle da Supergasbrás a SHV extinguiu 5 parques de engarrafamento de botijões de gás que eram próximos uns dos outros, e mais 9 bases de engarrafamento estão em processo de fusão. Foram demitidos até agora cerca de 290 empregados, segundo Cotta, de um total de 3,5 mil pessoas nas duas empresas.
Mas ele garante que serão feitas novas contratações e que o quadro deverá se manter estável. "Foi necessária uma redução de pessoal nas áreas de produção e administração das duas marcas, mas deveremos contratar mais gente para atuação nos segmentos de distribuição, comercialização e relação com investidores".
Segundo Cotta, a empresa está em franco processo de revisão de sua rede de revenda, da sua estrutura de pessoal e de custos. "Queremos ganhar fôlego e partir para novas áreas de atuação".
O presidente da SHV diz que a empresa investirá neste ano R$ 100 milhões. Deste total, R$ 55 milhões serão destinados para a modernização dos equipamentos. Serão compradas novas balanças eletrônicas e todo o sistema de produção será automatizado. Recentemente, a empresa fez uma captação de R$ 200 milhões no mercado, mas a maior parte deste dinheiro foi utilizada no alongamento do endividamento do grupo.
A SHV vai manter as duas marcas operando de forma independente no mercado brasileiro. Mas a Supergasbrás teve uma nova estilização de seu logotipo e 54 caminhões com a nova marca começam a circular pelas cidades. Juntas, as duas empresas comercializam 1,5 milhão de toneladas de GLP por ano.
No mês passado, a empresa montou um conselho consultivo composto por nomes de calibre no cenário econômico nacional como o do ex-ministro Pedro Parente e do presidente da Firjan (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro), Eduardo Eugênio Gouveia Vieira.
A consolidação da SHV chegou ao país em 1995, com a compra da Minasgás e de 49% da Supergasbrás. Em julho de 2004, a empresa comprou a fatia que faltava para obter o controle da Supergasbrás, que estava nas mãos da família Lemos de Moraes, e passou a ser a vice-campeã em vendas no país.
Também no ano passado outros grandes grupos aumentaram suas participações por meio de aquisições: a Shell Gás foi vendida para o Ultra por US$ 170 milhões; e as empresas do grupo Eni, vendidas para a BR por US$ 450 milhões.

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Fenasucro
Brasil terá que produzir 1,1 bilhão de litros de combust...
12/08/25
Fenasucro
Treesales estreia na Fenasucro & Agrocana e integra deba...
12/08/25
Curitiba
Setor energético será discutido durante a Smart Energy 2...
12/08/25
PD&I
Vórtices oceânicos em interação com correntes podem gera...
12/08/25
Combustíveis
ETANOL/CEPEA: Negócios caem, mas Indicadores continuam f...
12/08/25
ANP
Desafio iUP Innovation Connections + PRH-ANP (Descarboni...
12/08/25
Resultado
Vibra avança em market share e projeta crescimento
12/08/25
Transição Energética
Repsol Sinopec Brasil reforça compromisso com inovação e...
11/08/25
Fenasucro
Fenasucro & Agrocana começa nesta terça-feira, dia 12, c...
11/08/25
Fenasucro
Consolidada na área de Biogás, Mayekawa é presença confi...
11/08/25
Sergipe Oil & Gas 2025
“Descarbonização da matriz energética é o futuro”, diz g...
11/08/25
Pessoas
Novo presidente da PortosRio realiza visita ao Porto de ...
11/08/25
Fenasucro
ORPLANA debate sustentabilidade no setor canavieiro na F...
11/08/25
Paraíba
PBGás reduz preço do gás canalizado em 4,3% em agosto
11/08/25
Combustíveis
Etanol fecha semana em alta; Indicador Diário Paulínia r...
11/08/25
Biodiesel
Laboratórios podem se inscrever até 21/8 no Programa de ...
08/08/25
Petrobras
Segundo trimestre de 2025 apresenta lucro de R$ 26,7 bil...
08/08/25
Dutos
Sensor portátil do CNPEM em teste pode reduzir entupimen...
08/08/25
Combustíveis
Biodiesel ganha protagonismo na economia e no cotidiano ...
07/08/25
Pessoas
Alessandro Falzetta é o novo Diretor de Experiência do ...
07/08/25
Parceria
Vultur Oil e Mandacaru Energia são novas parcerias da MX...
07/08/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

22