Porto do Rio

Terminal do Rio terá obras de revitalização

<P>Foi dada a largada para a obra de revitalização do Porto do Rio, o primeiro do país em movimentação de passageiros em cruzeiros e o quarto em comércio internacional. Representantes do governo federal, estadual e da iniciativa privada debateram ontem, no Rio, a inclusão da obra, orçada em ...

Gazeta Mercantil
09/08/2007 00:00
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Foi dada a largada para a obra de revitalização do Porto do Rio, o primeiro do país em movimentação de passageiros em cruzeiros e o quarto em comércio internacional. Representantes do governo federal, estadual e da iniciativa privada debateram ontem, no Rio, a inclusão da obra, orçada em R$ 335 milhões, nos projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Além da solicitação da verba, até o final da semana será concluído o projeto de uma Medida Provisória, que será apresentado ao governo federal, para que empresas internacionais possam participar das obras do sistema de dragagem.

Há mais de 140 terminais privativos no país que funcionam perfeitamente, enquanto os públicos enfrentam sérios problemas de acesso, em grande parte devido ao precário sistema de dragagem, diz o secretário Especial de Portos, Pedro Brito. Além de melhorar o acesso marítimo, ferroviário e terrestre, precisamos solucionar outro grande entrave do setor: a falta de gestão profissional.

Quando a obra de revitalização for concluída, em 2010, a expectativa é que o Porto do Rio amplie o valor de cargas movimentadas dos atuais US$ 11 bilhões ao ano para US$ 18 bilhões. Para o secretário de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio do Estado, Júlio Bueno, a inclusão da obra no PAC se justifica, pois o Estado vai receber nos próximos quatro anos R$ 60 bilhões em investimentos, em virtude dos novos pólos siderúrgicos e petroquímico

Com a produção de aço ampliada para 18 milhões de toneladas ao ano, a movimentação de cargas também vai crescer muito, prevê.

O subsecretário de Transportes do Rio, Delmo Pinho, esclarece que o valor da obra deverá ser rateado entre o governo federal (R$ 150 milhões), estadual (R$ 45 milhões), municipal (R$ 14 milhões), Companhia Docas (R$ 16 milhões) e a iniciativa privada (R$ 110 milhões). O Porto do Rio é atualmente o metro quadrado que mais gera receita de tributos em todo o Estado e tem um dos menores custos da América do Sul, acrescenta Pinho.

Depois das obras de revitalização, a vida dos cariocas não será a mesma. A começar por alterações no trânsito, que vai fluir melhor com a construção da Avenida Alternativa, ligando a Avenida Brasil ao Caju, e da Avenida Portuária, que possibilitará o acesso direto da pista central da Avenida Brasil ao cais.

Além disso, o projeto prevê o deslocamento da atual Avenida Rio de Janeiro para o eixo entre o moinho e o antigo prédio do Jornal do Brasil, liberando áreas para a expansão do retroporto do cais de São Cristóvão. Com as mudanças na malha rodoviária, o tráfego de caminhões na Avenida Brasil será reduzido drasticamente.

Antes mesmo das obras começarem, 400 famílias já sentiram seus efeitos.
Para viabilizar a construção da Alça Ferroviária em Manguinhos, que custará R$ 91 milhões, foram demolidos quatro centenas de barracos da comunidade de Carcará construídos sobre a linha férrea. Era impensável transportar cargas por essa região, que era densamente povoada - justifica o subsecretário de Transportes do Rio Agora já foi erguido um muro no local. A idéia é que os trens de carga transitem por faixas isoladas e seguras, que não comprometam o trânsito de trens urbanos

Outro efeito social que a obra vai provocar é a demissão voluntária de milhares de estivadores. De acordo com o presidente do Sindicato dos Operadores Portuários do Rio (Sindoperj), Rogério Caffaro, os quadros das empresas portuárias precisam ser enxutos com urgência para permitir o ganho de maior competitividade. Hoje há 12 estivadores trabalhando em locais onde só seriam necessários seis, avalia Caffaro.

De acordo com dados do Sindoperj, em 1995, 6.700 homens trabalhavam como estivadores nos portos do Rio. Em abril de 2007, esse número caiu para 2.882. Para Caffaro, a redução nos quadros foi necessária e deverá ser ainda mais drástica no decorrer dos próximos anos.

Fonte: Gazeta Mercantil

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