Negociação

Transpetro vai tentar reduzir preço do aço para navios

A Transpetro negocia com a Usiminas e a Cosipa a redução do preço do aço utilizado pelos estaleiros que vierem a vencer a licitação para a construção dos 26 petroleiros. A estatal quer comprar o aço pelo preço que a empresa exporta.

Redação
16/03/2006 03:00
Visualizações: 162 (0) (0) (0) (0)

A Transpetro - subsidiária da Petrobras para a área de transporte e logística de distribuição de petróleo - deverá iniciar, nos próximos dias, uma negociação com as duas maiores siderúrgicas brasileiras, Usiminas e Cosipa, para reduzir o preço do aço a ser utilizado pelos estaleiros que vierem a vencer a licitação para a construção de navios petroleiros.

Faz parte dessa disputa o consórcio Recife, que reúne as empresas Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão, Aker Promar e Samsung. A informação foi dada pelo presidente do Complexo Industrial e Portuário de Suape, Matheus Antunes - que foi homenageado pelo Caxangá Agape. Segundo ele, a idéia é de, através dessa negociação, reduzir os preços dos navios incluídos na licitação.

No entanto, Antunes também afirmou que um possível acordo com as siderúrgicas não seria a única solução para que a Transpetro consiga a redução do preço. O consórcio também deverá entrar em conta com as usinas para tratar do assunto. Após a abertura das propostas de preços, na última terça-feira, a Transpetro informou que os preços solicitados pelos estaleiros brasileiros estavam, em média, quase 40% acima da média do mercado internacional. Para construir os 10 navios do tipo Suezmax, por exemplo, o consórcio Recife pediu um valor de US$ 121 milhões com aço a preço internacional e US$ 141 milhões com preço de aço nacional.

Segundo a Transpetro, esse mesmo navio custa em torno de US$ 80 milhões no mercado internacional. Por outro lado, Antunes comemorou o fato de o consórcio Recife ter pedido um preço menor para a construção dos navios Suezmax do que o concorrente Rio Naval - formado pela MPE, Iesa, Sermetal e Hyndai - que pediu US$ 138 milhões para produzir com aço internacional e US$ 151 milhões com aço nacional. Em sua opinião, a diferença de preço entre os navios a serem produzidos no País e os do mercado internacional não devem chegar ao patamar mencionado pela Transpetro.

Segundo o presidente de Suape, existem diferenças entre os modelos e os detalhes dos mesmos tipos de navios que acabam encarecendo ou barateando um pouco mais o preço final.

- É semelhante ao fato de comprarmos um determinado veículo. Os diferenciais oferecidos por cada modelo fazem com que o preço sofra variações de até 30% -, ressaltou Antunes.

Em relação à desistência da estatal venezuelana PDVSA de adquirir navios no Brasil, o presidente acha que a situação ainda não está resolvida. Vai depender das negociações de preços que estão por vir.

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Rio de Janeiro
Wilson Sons inicia operação com energia 100% renovável n...
23/06/25
Etanol
Anidro sobe 0,39% e hidratado registra alta de 1,15% na ...
23/06/25
Pessoas
Cristian Manzur é o novo diretor de QHSE do Bureau Verit...
23/06/25
Firjan
Indústria Criativa impulsiona economia e já representa R...
20/06/25
IBP
Leilão da 5ª Oferta Permanente tem bônus recorde
20/06/25
Tenaris
Tenaris aposta no onshore nordestino com soluções logíst...
20/06/25
Comemoração
Avanços da Inteligência Artificial no setor de petróleo ...
20/06/25
ETEP
ETEP destaca tradição, certificações internacionais e fo...
20/06/25
PPSA
Com 6,36 milhões de m³ por dia em abril, produção de gás...
20/06/25
Treinamento
OneSubsea e Senai Paraná lançam nova edição de programa ...
20/06/25
RenovaBio
AGU garante aplicação de metas de descarbonização defini...
18/06/25
Sebrae Amapá
Josiel Alcolumbre defende qualificação de mão de obra no...
18/06/25
Logística
Nova pista do Aeroporto de Macaé é inaugurada como case ...
18/06/25
Oferta Permanente
Oferta Permanente de Concessão (OPC): 5º Ciclo tem recor...
18/06/25
Apollo
Apollo destaca contrato com a Petrobras e aposta em inov...
18/06/25
RNEST
Petrobras assina contratos para a retomada da construção...
18/06/25
PPSA
10 empresas são habilitadas para disputar 74,5 milhões d...
18/06/25
Oferta Permanente
Margem Equatorial atrai majors e R$ 1 bilhão em investim...
17/06/25
Margem Equatorial
Bônus de assinatura somando R$ 989 milhões e R$ 1,45 bil...
17/06/25
Oferta Permanente
No leilão de hoje, (17/06) da Oferta Permanente a Petrob...
17/06/25
Oferta Permanente
Oferta Permanente de Concessão (OPC): 5º Ciclo tem recor...
17/06/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

22