Navegação interior

Transporte fluvial de cargas e passageiros cresce no Amazonas

Redação/Jornal Fluvial
21/03/2017 13:19
Transporte fluvial de cargas e passageiros cresce no Amazonas Imagem: Divulgação Visualizações: 251 (0) (0) (0) (0)

Considerado o meio de deslocamento mais correto em relação ao meio ambiente e capacidade, o transporte fluvial atende aos mais diversos aspectos econômicos do Amazonas. Isso porque a atividade concentra a maior parte da condução de cargas e passageiros da região. A estimativa é que por ano, aproximadamente 2,5 milhões de pessoas utilizem embarcações com o meio de transporte e 1,5 milhão de toneladas de cargas gerais cheguem a ser deslocados no Estado. Para quem optar pelo serviço hidroviário, encontrará um leque de opções que evoluíram nos últimos anos, disse o vice-presidente do Sindicato das Empresas de Navegação Fluvial no Estado do Amazonas (Sindarma), Claudomiro Carvalho Filho.

Ele explicou que na questão de carga , que atualmente concentra cerca de 60% dos insumos e alimentos escoados na região, a locomoção é feita por grandes embarcações com o balsas e navios. Já no transporte de passageiros, além dos barcos tradicionais tem as lanchas a jatos. “O transporte fluvial na regiã o está bem servido, mais moderno e seguro e, o resto do Brasil vem descobrindo isso. Mas ainda falta melhorar a estrutura dos terminais para receber tanto os passageiros quanto as cargas” , afirmou Claudomiro.

O representante defendeu que o transporte é o meio mais barato e ecologicamente correto, mas acrescentou que para dispor de um a maior segurança no descolamento pelos rios da região é necessário um a sinalização.“ O fluvial é diferente do rodoviário porque não podem os atracar em qualquer lugar, tem que ter o local adequado para embarcar e desembarcar os passageiros e cargas com mais eficiência e segurança”, destacou.

Com a expectativa da trafegabilidade da B R - 3 19 , que liga Manaus a Porto Velho, o representante acredita que a rodovia integrará ao serviço do setor no Amazonas. “ Se isso acontecer será um sonho realizado e mesmo que a BR agilize o deslocamento de cargas e passageiros, caindo por exemplo, de três dias para um , também complementaria o transporte fluvial porque muita coisa continuariam a vir pelo rio” , explicou Claudomiro.

Entraves

esmo com a grande importância logística, segundo o vice-presidente, a navegação na região não possui uma legislação adequada e nem vem recebendo investimentos para o seu desenvolvimento. “Sabem os que boa parte da carga e produtos escoados de Manaus para o interior e de outras localidades para o nosso Estado passam pelo modo fluvial que carece de um a infraestrutura adequada. Para a realização da atividade é preciso termos rios navegáveis que ofereçam segurança para todos”, disse.

Além das sinalizações adequadas que carece de um projeto mais consistente, outros gargalos da atividade são a falta de infraestrutura na área portuária e dragagem em certos pontos do rio Madeira. “A estrutura portuária para atender quem usa o transporte diariamente é precária o que contribui para a insegurança e ineficiência do setor. Em relação a dragagem, a falta em determinados trechos com promete o tempo e volume na navegação” contou.

Segundo ele, inclusive, essa sempre é a grande dúvida do setor nos meses críticos de seca no rio. “ Nunca sabemos como vai ser, porque quando a seca chega não adianta fazer nada. Mas este ano o governo federal fez licitação e já se tem a licença ambiental, esperam os que entre junho e julho a empresa escolhida faça a mobilização para realizar a dragagem de Porto Velho p ara baixo e que isso venha suprir a necessidade de se navegar melhor”.

Na leitura do representante, a sociedade bem como o poder público precisam compreender a importância das vias por hidrovia da mesma maneira que valoriza o das estradas. Principais portos de Manaus A estimativa do Sindarma é que 6 mil toneladas de cargas e 20 mil pessoas embarcam e desembarca por mês no Porto do São Raimundo. O local é de responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), que no mês passado, anunciou um a série de melhorias para o porto localizado na zona Oeste da capital.

O órgão contratou a elaboração de projetos para fabricação, montagem e instalação de um cais flutuante e uma ponte de acesso ao terminal hidroviário. O investimento nos projetos está orçado em R $ 1,7 milhão. Dentre as intervenções anunciadas estão adaptações no terminal de passageiros, além da construção de estacionamento e vias de acesso terrestre do pátio de manobras do retroporto. Claudomiro afirmou que o investimento é muito bem-vindo para o setor que transformará o porto em um terminal hidroviário para cargas e passageiros.

 

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