Tecnologia e Inovação

UFPA desenvolve robô soldador

Tecnologia já é testada pela indústria naval.

Redação / Agência
28/02/2013 15:26
UFPA desenvolve robô soldador Imagem: Divulgação UFPA Visualizações: 1110 (0) (0) (0) (0)

 

O Laboratório de Caracterização de Metais (LCAM), da Universidade Federal do Pará (UFPA), desenvolveu uma iniciativa inédita: um robô soldador. A novidade, chamada inicialmente de RoboNav, é um aparelho multifuncional de soldagem que será aplicado na indústria de construção naval. A ideia principal surgiu do engenheiro mecânico e coordenador geral do LCAM, prof. dr. Eduardo Magalhães Braga. O projeto engloba quatro áreas da engenharia: mecânica, elétrica, naval e química.
A máquina é da marca Kuka, empresa alemã, sediada em Augsburgo, na Alemanha, com mais de um século de atuação no mercado de fabricação de robôs. O aparelho é mais preciso, econômico e produtivo. Ainda traz, inclusive, melhoria para a saúde dos trabalhadores soldadores, já que não ficarão mais expostos à soldagem. Em longo prazo, esses trabalhadores servirão como mão de obra qualificada e passarão a manusear o aparelho.
O professor encaminhou o projeto para a Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa (Fadesp), a fundação de apoio da Universidade. Após a Fadesp, o projeto seguiu para a Reitoria e a Procuradoria da UFPA, chegando ao Estaleiro Rio Guamá - atualmente, coexecutor do projeto. Passado em todos esses órgãos, o projeto foi submetido à Empresa pública Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), tendo sua aprovação deferida imediatamente e por unanimidade, em 2010.
Em 2012, a Fadesp, já gerenciando os recursos do projeto, concretizou a compra do robô. “A Fundação deu um apoio indiscutível em solucionar e agilizar nosso projeto, durante os trâmites, não houve nenhum problema”, considera o professor.
O projeto todo foi aprovado com um orçamento de R$ 1,4 milhão. Valor baixo em comparação com os benefícios adquiridos. “O robô traz geração de know-how na robótica do estado. Ele traz formação de recursos humanos nas esferas de doutorado, mestrado e graduação, além de favorecer o estreitamento da academia com a indústria”, avalia o professor.
A força do robô impressiona. Braga afirma que “é o melhor robô já vendido para universidades da América Latina. Produz o trabalho de até oito operários em um mesmo período”.
Outra experiência inovadora que deu certo foi a junção de peças gigantes do mercado de soldagem: Kuka (robô), TBi (empresa americana que fabrica tocha de soldagem) e Lincoln (fornecedora da fonte de energia). O representante da TBi, o alemão Alexander Fischer, ficou tão impressionado com a proposta que veio pessoalmente a Belém. Fischer ficou dois dias de fevereiro de 2013 e acompanhou o treinamento dos alunos do LCAM.
O robô já está sendo usado em pesquisas de estudantes da Engenharia. Entre os participantes do grupo, estão o doutorando Tárcio Cabral e os mestrandos Any Ferreira, Cleber Silva, Everton Mendonça, Elaine Freitas e Paulo D'Angelo. Os dois últimos foram os primeiros a terem contato prático com a máquina. No final de 2012, a dupla foi a São Paulo receber treinamento especializado. No retorno, passaram a ser multiplicadores de conhecimento dentro do laboratório, realizando workshops para alunos de graduação.
O grupo faz de oito a 10 horas de estudos, todos os dias, com o robô. Entre os resultados de pesquisa, D’ Angelo e Elaine já constataram que “operando com apenas 60% de sua carga, em apenas três dias, o robô produz o mesmo resultado trabalhado por soldador em um período de um mês”.
Entre os dias 18 e 22 de fevereiro, um instrutor paulista da Kuka esteve na UFPA capacitando os participantes do LCAM. O engenheiro naval do Estaleiro Rio Guamá, José Duarte Pina Neto, também foi acompanhar o trabalho do grupo na UFPA. O robô ficará pelo menos dois anos no laboratório até ir para o mercado, para participar da indústria naval da região.
O coordenador do LCAM está otimista. “Este investimento na indústria se paga em apenas um ano. O robô só requer manutenção a cada três anos”, conta. A manutenção periódica virá direto da Alemanha. O projeto tem prazo de conclusão em 2015, mas já deixa um grande legado. “É um marco na construção naval da Amazônia”, comemora Braga.

O Laboratório de Caracterização de Metais (LCAM), da Universidade Federal do Pará (UFPA), desenvolveu uma iniciativa inédita: um robô soldador. A novidade, chamada inicialmente de RoboNav, é um aparelho multifuncional de soldagem que será aplicado na indústria de construção naval. A ideia principal surgiu do engenheiro mecânico e coordenador geral do LCAM, prof. dr. Eduardo Magalhães Braga. O projeto engloba quatro áreas da engenharia: mecânica, elétrica, naval e química.


A máquina é da marca Kuka, empresa alemã, sediada em Augsburgo, na Alemanha, com mais de um século de atuação no mercado de fabricação de robôs. O aparelho é mais preciso, econômico e produtivo. Ainda traz, inclusive, melhoria para a saúde dos trabalhadores soldadores, já que não ficarão mais expostos à soldagem. Em longo prazo, esses trabalhadores servirão como mão de obra qualificada e passarão a manusear o aparelho.


O professor encaminhou o projeto para a Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa (Fadesp), a fundação de apoio da Universidade. Após a Fadesp, o projeto seguiu para a Reitoria e a Procuradoria da UFPA, chegando ao Estaleiro Rio Guamá - atualmente, coexecutor do projeto. Passado em todos esses órgãos, o projeto foi submetido à Empresa pública Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), tendo sua aprovação deferida imediatamente e por unanimidade, em 2010.


Em 2012, a Fadesp, já gerenciando os recursos do projeto, concretizou a compra do robô. “A Fundação deu um apoio indiscutível em solucionar e agilizar nosso projeto, durante os trâmites, não houve nenhum problema”, considera o professor.


O projeto todo foi aprovado com um orçamento de R$ 1,4 milhão. Valor baixo em comparação com os benefícios adquiridos. “O robô traz geração de know-how na robótica do estado. Ele traz formação de recursos humanos nas esferas de doutorado, mestrado e graduação, além de favorecer o estreitamento da academia com a indústria”, avalia o professor.


A força do robô impressiona. Braga afirma que “é o melhor robô já vendido para universidades da América Latina. Produz o trabalho de até oito operários em um mesmo período”.


Outra experiência inovadora que deu certo foi a junção de peças gigantes do mercado de soldagem: Kuka (robô), TBi (empresa americana que fabrica tocha de soldagem) e Lincoln (fornecedora da fonte de energia). O representante da TBi, o alemão Alexander Fischer, ficou tão impressionado com a proposta que veio pessoalmente a Belém. Fischer ficou dois dias de fevereiro de 2013 e acompanhou o treinamento dos alunos do LCAM.


O robô já está sendo usado em pesquisas de estudantes da Engenharia. Entre os participantes do grupo, estão o doutorando Tárcio Cabral e os mestrandos Any Ferreira, Cleber Silva, Everton Mendonça, Elaine Freitas e Paulo D'Angelo. Os dois últimos foram os primeiros a terem contato prático com a máquina. No final de 2012, a dupla foi a São Paulo receber treinamento especializado. No retorno, passaram a ser multiplicadores de conhecimento dentro do laboratório, realizando workshops para alunos de graduação.


O grupo faz de oito a 10 horas de estudos, todos os dias, com o robô. Entre os resultados de pesquisa, D’ Angelo e Elaine já constataram que “operando com apenas 60% de sua carga, em apenas três dias, o robô produz o mesmo resultado trabalhado por soldador em um período de um mês”.


Entre os dias 18 e 22 de fevereiro, um instrutor paulista da Kuka esteve na UFPA capacitando os participantes do LCAM. O engenheiro naval do Estaleiro Rio Guamá, José Duarte Pina Neto, também foi acompanhar o trabalho do grupo na UFPA. O robô ficará pelo menos dois anos no laboratório até ir para o mercado, para participar da indústria naval da região.


O coordenador do LCAM está otimista. “Este investimento na indústria se paga em apenas um ano. O robô só requer manutenção a cada três anos”, conta. A manutenção periódica virá direto da Alemanha. O projeto tem prazo de conclusão em 2015, mas já deixa um grande legado. “É um marco na construção naval da Amazônia”, comemora Braga.

 

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Startups
NAVE ANP: inscrições prorrogadas até 22/11/2024
11/11/24
IBP
Na COP29, IBP reforça compromisso com transição energética
11/11/24
Petrobras
UPGN do Complexo de Energias Boaventura entra em operação
11/11/24
Internacional
Rússia começa a perder força na participação das importa...
11/11/24
Energia Eólica
Grupo CCR e Neoenergia firmam contrato de autoprodução d...
11/11/24
Etanol
Anidro e hidratado encerram a semana com pequena variaçã...
11/11/24
Resultado
Petrobras divulga lucro de R$ 32,6 bilhões no 3º trimes...
08/11/24
Energia elétrica
Desempenho em outubro é o melhor do ano e expansão da ge...
08/11/24
E&P
Firjan destaca o potencial para aumento no fator de recu...
08/11/24
Hidrogênio
Primeira planta de conversão de hidrogênio a partir do e...
08/11/24
ANP
NAVE ANP: inscrições prorrogadas até 22/11/2024
07/11/24
Telecomunicações Offshore
NexusWave: Conectividade Marítima Confiável e Sem Interr...
07/11/24
Pré-Sal
GeoStorage: Novo hub do RCGI nasce para viabilizar o arm...
07/11/24
Negócio
Grupo Energisa assume controle da Norgás e entra no seto...
07/11/24
Etanol
Cientistas mapeiam microbioma de usinas em busca de maio...
07/11/24
Metanol
ANP amplia monitoramento da comercialização de metanol c...
07/11/24
Oportunidade
PPSA realizará seu primeiro concurso público para contra...
07/11/24
GNV
Estratégias e desenvolvimento do setor de GNV proporcion...
07/11/24
Workshop
ANP realiza workshop virtual sobre revisão de normas par...
07/11/24
Marinha do Brasil
Grupo EDGE amplia parceria com a Marinha do Brasil para ...
06/11/24
Evento
Evento Drone em Faixas de Dutos tem nova data
06/11/24
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

21