A Vale planeja investir US$ 2 bilhões para ampliar a capacidade de produção da mina de Corumbá (MS), recém adquirida da mineradora anglo-australiana Rio Tinto. O projeto, que ainda depende de aval do Conselho de administração da companhia, prevê a compra de comboios e barcaças para escoamento da produção, que é feito pelo Rio Paraguai.
Na sexta-feira, a Vale ressaltou que pretende fazer as encomendas junto a estaleiros nacionais. “Cerca de US$ 1,5 bilhão do investimento estimado será dedicado à compra de comboios de barcaças, os quais poderão ser encomendados junto a estaleiros nacionais”, diz.
A Vale informou ainda que concluiu a compra das operações de minério de ferro da Rio Tinto em Corumbá por US$ 750 milhões. O negócio envolve a operação de minério de ferro e ativos logísticos associados, incluindo porto fluvial e barcaças. O acordo de compra foi celebrado em janeiro deste ano. Em 2008, a mina de Corumbá produziu 2 milhões de toneladas de minério de ferro. Os ativos de logística adquiridos na operação possibilitam a companhia ter 70% de autossuficiência no transporte de minério através do Rio Paraguai.
Nas últimas semanas, os sinais de recuperação na demanda mundial por insumos básicos levou a companhia a reativar minas, como a de Água Limpa, em, Minas Gerais, paralisada após o agravamento da crise mundial, que, praticamente interrompeu as vendas de minério de ferro para alguns mercados.
GERDAU. A Gerdau informou às construtoras que não há previsão de reajuste dos preços dos aços longos até o final do ano, em carta encaminhada ao Sindicato da Indústria da Construção Civil de São Paulo (SindusCon-SP). Recentemente, circularam pelo mercado rumores de que os aços longos seriam reajustados, acompanhando a alta de preços anunciada pelas usinas. O diretor executivo comercial da Gerdau Longos Brasil, Paulo Ricardo Tomazelli, disse que não existe “qualquer previsão de reajuste” até dezembro.