Comércio Exterior

Variaçâo do dólar impacta no coeficiente de exportação e importação

Agência Indusnet Fiesp/Redação
08/06/2016 13:07
Variaçâo do dólar impacta no coeficiente de exportação e importação Imagem: Divulgação Visualizações: 824

A desvalorização do real frente ao dólar ajudou a elevar as exportações no primeiro trimestre deste ano. O Coeficiente de Exportação (CE), medido pelos departamentos de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) e Relações Internacionais e Comércio Exterior (Derex) da Fiesp, fechou o período em 21%, variação de 1,4 ponto percentual no acumulado de janeiro a março de 2016 na comparação com os últimos três meses de 2015.

O relatório mostra que a participação do mercado externo na produção aumentou devido não apenas ao melhor desempenho da exportação, mas também devido à redução da produção externa. Durante o período analisado, o envio de produtos brasileiros para o exterior cresceu 6,4% (em quantum) enquanto a produção nacional registrou queda de 0,6%. Ou seja, a exportação ganhou representatividade em face a um menor volume de produção.

O diretor do Derex, Thomaz Zanotto, ressalta que o CE apresenta forte crescimento desde o final de 2014, o que é bom sinal para a indústria brasileira. “A exportação é um dos pilares para a recuperação econômica do país, pois estimula o emprego e a produção”, explica. “O aumento do coeficiente no período também mostra como uma taxa de câmbio mais realista é fundamental para a competividade do manufaturado brasileiro. ”

O Coeficiente de Importação (CI), por outro lado, também registrou alta, embora mais tímida, de 0,3 p.p. na comparação entre o trimestre imediatamente anterior. No final de 2015, o CI registrava 18,9% contra 19,2% aferidos nos três primeiros meses deste ano. No entanto, na comparação interanual, houve queda do CI. A variação foi negativa, de 2,2 p.p.

Analisando as variáveis que compõem o coeficiente, sua expansão pode ser explicada, em grande parte, pela retração de 1,9% no consumo aparente. O preço alto dos produtos importados afeta o bolso do consumidor, que devido à crise, tem evitado gastos.

A redução do coeficiente de importação mostra que houve uma substituição do produto importado pelo nacional”, ressalta Zanotto. “Embora tal movimento não tenha sido suficiente para uma retomada substancial da produção. ”

Setores

Dos 21 setores analisados pelo Coeficiente de Exportação e Importação (CEI) da Fiesp, 14 apresentaram crescimento do CE no primeiro trimestre de 2016, na comparação com o trimestre anterior. Quatro registraram estabilidade, e três tiveram quedas. Os destaques mais positivos foram os setores de têxteis (alta de 4,4 p.p.) e metalurgia (4,3 p.p.), do lado negativo, a retração mais acentuada ocorreu no setor de fumo (queda de 6,8 p.p.).

Já o CI apresentou crescimento em oito dos setores analisados, dois ficaram estáveis e onze tiveram queda. As maiores variações positivas foram registradas pelos setores de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (4, 6p.p.) e máquinas e equipamentos (3,2 p.p.). Já as maiores quedas foram do setor de vestuário (-2,5 p.p.) e indústrias diversas (- 1,2 p.p.).

Metodologia

Depecon e Derex relançaram neste ano os Coeficientes de Importação e Exportação da indústria brasileira (CEI).

O levantamento tem como objetivo analisar de forma integrada a produção industrial e o comércio exterior. O Coeficiente de Exportação (CE) mede a proporção da produção que é enviada para fora do Brasil, enquanto o Coeficiente de Importação (CI) mede a proporção de produtos consumidos internamente, porém fabricados fora das fronteiras do país.

A nova metodologia desconsidera as sazonalidades, permitindo uma comparação entre meses sem influência de fatores pontuais e característicos de certas épocas do ano.

Além das médias trimestrais, o CEI será atualizado mensalmente e pode ser conferido no site da Fiesp.

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