A Veolia Water Brasil fez uma parceria com a Enfil, empresa nacional especializada em controle ambiental, para fornecer produtos e serviços para as Estações de Tratamento de Água Desmineralizada (ETAC), Condensado (ETC) e de Despejos Industriais (ETDI) do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), da Petrobras.
As duas empresas se uniram para atender ao convite do consórcio TUC, formado pela Toyo Engineering, UTC Engenharia e Construtora Norberto Odebrecht, contratado pela Petrobras para a construção de unidades de utilidades do maior complexo do país.
“Este contrato é de grande importância para a Veolia Water, pois além de mantê-la na liderança em fornecimento de sistemas de tratamento de água e efluentes líquidos para a Petrobras, abrange tecnologias inovadoras de tratamento e reuso de efluentes”, destacou Sidnei Curi, diretor de Propostas da Veolia Water Solutions & Technologies.
“O Comperj será a primeira planta de refino da Petrobras a ser abastecida com efluentes municipais tratados, a partir de uma das estações de tratamento de efluentes do estado do Rio de Janeiro, ao invés do usual abastecimento de águas fluviais”, observou o executivo. “O volume total fornecido vai passar por um novo tratamento no sistema implantado pela Veolia".
A água da ETAC será pré-tratada e desmineralizada em um sistema de Osmose Reversa (OR) - com capacidade de produzir 980 m³/h de água - e receberá polimento em leito misto. “Com esse sistema, há uma recuperação de 75% do volume total fornecido para o Comperj”, salienta Sidnei Curi.
O sistema de OR terá oito módulos, sete dos quais para operação e um de reserva. O projeto contempla ainda um sistema de tratamento de condensado composto por uma sequência de filtração (filtros coalescedor, pré-capa e de carvão) e leito misto polidor.
A Estação de Tratamento de Despejos Industriais terá tecnologias agregadas visando o reuso da água. O sistema de tratamento primário, com vazão de projeto de 750 m³/h, abrange um separador de óleo-água API; sistema de flotação de ar dissolvido (DAF) e filtros casca de nozes, para linhas de águas contaminadas e águas oleosas.
Depois de passar pelo tratamento primário, o efluente segue para o tratamento secundário, composto por um sistema MBR (Membrane Bioreactor), passando depois por filtros de carvão ativado e, por fim, pelo sistema Eletrodiálise Reversa (EDR) para o reuso de 500 m³/h do efluente tratado no circuito de resfriamento da refinaria. O projeto prevê ainda a desidratação dos lodos oleosos e biológicos produzidos pela ETDI.