<P>A Wärtsila, empresa de origem finlandesa fabricante de motores de propulsão marítima, promoveu na quarta-feira, 23, seminário no Rio de Janeiro com o objetivo de atualizar empresários e armadores sobre os desenvolvimentos alcançados no segmento nos últimos 10 anos, período em que a indús...
Cesar BaimaA Wärtsila, empresa de origem finlandesa fabricante de motores de propulsão marítima, promoveu na quarta-feira, 23, seminário no Rio de Janeiro com o objetivo de atualizar empresários e armadores sobre os desenvolvimentos alcançados no segmento nos últimos 10 anos, período em que a indústria naval brasileira permaneceu estagnada. Na série de palestras foram apresentados vários dos avanços tecnológicos ocorridos no período, entre eles a criação dos motores marítimos RT Flex, última palavra em propulsores marítimos totalmente eletrônicos que passarão a ser fabricados pela Nuclebrás Equipamentos Pesados (Nuclep) por força de acordo fechado no fim do ano passado.
“A construção de navios de grande porte ficou parada no Brasil nos últimos 10 anos e esse seminário visa dar aos integrantes da indústria naval nacional, armadores e projetistas, uma revisão do que aconteceu no setor nesse período,” explicou Luiz Barcellos, gerente de vendas da Wärtsilä do Brasil. “O objetivo é reacender o debate com os usuários de nossos produtos, juntando os três itens principais que compõe um navio: casco, propulsor e motor, dando uma visão integrada das últimas novidades do setor,” acrescentou.
E o esforço da Wärtsilä para participar ativamente da retomada da indústria naval brasileira já começa a dar frutos. No início de setembro, um grupo de técnicos da Nuclep partirá para a Suíça para receber treinamento e capacitação no âmbito do acordo em que a empresa brasileira será a responsável pela fabricação dos motores marítimos da finlandesa no país.
“A Transpetro especificou em seu edital que os motores a serem usados nos novos navios da empresa deverão ser eletrônicos. Em termos de tecnologia, o RT Flex é o que existe de mais moderno e esperamos conquistar pelo menos 50% da demanda gerada pelos 26 primeiros navios contratados pela Transpetro graças ao acordo com a Nuclep,” disse Barcellos.
Já Carlos César dos Santos Barbosa, gerente de Vendas da Nuclep, destacou o fato de que o acordo prevê transferência de tecnologia para a empresa brasileira. Segundo ele, o Brasil será o único país da América Latina e apenas o nono no mundo a produzir esses motores marítimos eletrônicos.
“Isso vai gerar emprego e capacitação para a indústria nacional, tanto direta quanto indiretamente. Nossa meta é nacionalizar ao máximo a fabricação dos motores, usando o maior número possível de fornecedores nacionais,” afirmou Barbosa, que estimou que serão geradas pelo menos 100 vagas diretas com a fábrica da Nuclep, que deverá ter capacidade de montar de sete a 12 motores por ano e entregar seu primeiro motor em meados de 2008.
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