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1º Congresso do Hidrogênio para a América Latina e o Caribe - H2LAC 2021, tem a participação de Bento Albuquerque

Redação TN Petróleo/Assessoria MME
15/04/2021 13:08
1º Congresso do Hidrogênio para a América Latina e o Caribe - H2LAC 2021, tem a participação de Bento Albuquerque Imagem: Cortesia MME Visualizações: 886 (0) (0) (0) (0)

Ministro Bento Albuquerque (foto) participou, nesta quarta-feira (14/04), do 1º Congresso do Hidrogênio para a América Latina e o Caribe - H2LAC 2021. O evento, promovido pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e pelo grupo New Energy, reúne representantes de governo e setor privado, e foi aberto pelos ministros de Energia de Brasil, Chile, Uruguai, Colômbia e Costa Rica.

Bento Albuquerque defendeu que o Brasil e a região estão bem posicionados para se tornarem atores relevantes em hidrogênio, tanto para exportação quanto para atender aos mercados internos e contribuir para a descarbonização das matrizes. "Por sermos um país com vocação para energia renovável, com 83% da nossa matriz elétrica, temos potencial para gerar hidrogênio verde de forma altamente competitiva", declarou o ministro.

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O ministro recordou que o hidrogênio não é novidade no Brasil, que há quase vinte anos desenvolve planos específicos para o combustível e conta com laboratórios especializados, como o Núcleo de Pesquisa em Hidrogênio do Parque Tecnológico de Itaipu. Grupos privados têm investido em pesquisa e desenvolvimento em hidrogênio no País, que já conta com um mapeamento para o hidrogênio, que leva em consideração possíveis interfaces com os programas de biocombustíveis, de gás natural e amônia.

Neste mês de abril, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) deverá aprovar resolução que estabelece o prazo de 60 dias para a elaboração das diretrizes do Programa Nacional de Hidrogênio. Em fevereiro passado, resolução do CNPE já determinou a destinação de recursos públicos de pesquisa e desenvolvimento ao hidrogênio, entre outras áreas prioritárias. "É um sinal claro de que buscamos o desenvolvimento de um parque tecnológico e industrial próprio nesse setor", enfatizou o ministro.

Bento Albuquerque afirmou que "o objetivo do Brasil é dominar o ciclo tecnológico completo do hidrogênio". "Nossa meta é o desenvolvimento de capacidades tecnológicas, industriais e de infraestrutura, com a geração de empregos de qualidade", declarou.

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Parcerias do setor privado

O setor privado tem demonstrado interesse crescente no setor de hidrogênio no Brasil, em particular, o hidrogênio verde, produzido a partir de fontes renováveis. O grupo australiano Fortescue assinou, no início deste ano, memorando de entendimento com o Porto do Açu, no Rio de Janeiro, para desenvolver projetos industriais verdes. O projeto contempla a possibilidade de construção de uma usina de hidrogênio verde com capacidade de 300 MW e com potencial para produzir 250 toneladas de amônia verde por ano.

A empresa Enegix e o governo do estado do Ceará deram os primeiros passos para estabelecer um "hub de hidrogênio verde" no Porto de Pecém. Foram anunciados estudos para o que pode vir a ser o maior empreendimento em hidrogênio verde do mundo, com investimentos estimados em US$ 5,4 bilhões.

"O hidrogênio está cada vez mais na pauta das nossas conversações com um conjunto amplo de parceiros internacionais, entre governos e empresas, independentemente das cores das rotas", afirmou o ministro. "No Brasil, o objetivo é dominar o ciclo tecnológico completo do hidrogênio. Nossa meta é o desenvolvimento de capacidades tecnológicas, industriais e de infraestrutura, com a geração de empregos de qualidade.

Bento Albuquerque encerrou sua participação ressaltando que o sucesso da transição energética global dependerá, em grande parte, da implementação de todas as tecnologias e fontes viáveis, a fim de poder fazer frente à necessidade de reduzir de forma abrangente as emissões de CO2. "O hidrogênio verde está no centro das nossas atenções e tem demonstrado grande atratividade, até porque já dispomos de abundante eletricidade limpa e competitiva. Não há escolha tecnológica única, não há receita universal. Cabe a cada país identificar as suas vantagens competitivas e aproveitá-las ao máximo e, ao mesmo tempo, contribuir para o compromisso coletivo no sentido de um futuro de baixo carbono", concluiu o ministro.

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