<P>Após a suspensão da licitação da plataforma P-57 da Petrobras, divulgada um dia após o anúncio da construção do empreendimento pelo Consórcio Atlântico Sul, liderado pela Queiroz Galvão, começa a movimentação política para que o Estado não perca o investimento. No dia 27 de dezemb...
Jornal do Commercio - PoAApós a suspensão da licitação da plataforma P-57 da Petrobras, divulgada um dia após o anúncio da construção do empreendimento pelo Consórcio Atlântico Sul, liderado pela Queiroz Galvão, começa a movimentação política para que o Estado não perca o investimento. No dia 27 de dezembro, o diretor-regional de operações da Queiroz Galvão, Mario Lúcio Guimarães, anunciou ao ex-governador Germano Rigotto, que parte do projeto seria realizado em Rio Grande. No dia seguinte, a surpresa: um executivo da Petrobras informava que a licitação estava cancelada, mesmo tendo o Consórcio Atlântico Sul apresentado o menor preço na disputa pela construção. Conforme a assessoria de imprensa da Petrobras, a estatal julgou o preço (US$ 1,8 bilhão) elevado demais e resolveu suspender a licitação.
Segundo fontes do setor, o custo economicamente viável para a construção da P-57 seria algo como do US$ 1 bilhão. A Petrobras não estipulou uma data para uma nova licitação e nem decidiu se poderá haver a entrada de novos participantes na disputa. Vamos aguardar os passos da Petrobras para dar o nosso. A Petrobras é a dona da situação, afirma o diretor- regional de operações da Queiroz Galvão, Mario Lúcio Guimarães.
O executivo manifesta que tomou conhecimento da suspensão da licitação um dia após ter participado da solenidade no Palácio Piratini. A empresa não revela se em uma eventual nova licitação mudará seu projeto quanto a valores ou outros pontos. Levando-se em conta o histórico da Petrobras, a suspensão do processo licitatório não pode ser considerada surpreendente, desabafa Guimarães.
O presidente da Câmara de Comércio da Cidade do Rio Grande, João Nelson Espíndola Touguinha, se diz surpreendido e apreensivo com a situação. A construção da plataforma em Rio Grande atrairia várias empresas e propiciaria a geração de empregos, salienta. Ele acredita que será necessária uma articulação política para minimizar o perigo de o Estado perder o investimento. O dirigente manifesta preocupação com a troca de governo, devido ao fato de os novos secretários não terem acompanhado as negociações desde o início.
A coordenadora da Comissão para Instalação do Pólo Naval na Região Sul, deputada estadual Miriam Marroni (PT), deverá se encontrar na próxima semana com executivos da Petrobras para discutir a licitação. A reunião deverá ser realizada com o diretor de Engenharia da Petrobras, Renato Duque, que foi quem tornou público o cancelamento da licitação. Miriam argumenta que quanto maior for a espera por uma solução, pior será para Rio Grande. A deputada salienta que o fator técnico e a infra-estrutura são pontos importantes dentro do processo licitatório, mas admite que a movimentação política é fundamental. Como ocorreu com a licitação do dique seco, vamos ressaltar o argumento do presidente Lula de que é importante descentralizar investimentos e distribuir renda.
A P-57 terá capacidade para produzir 180 mil barris diários de petróleo no campo de Jubarte, na bacia de Campos. Pelo cronograma atual, ainda mantido pela Petrobras, a plataforma está prevista para entrar em operação em 2010. Outra licitação em andamento é da P-55.
Fonte: Jornal do Commercio - PoA
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