Opinião

Aço Naval: o debate sobre o preço

O debate atual entre a Usiminas e a Transpetro refletem o jogo das relações comerciais normais entre consumidor e fornecedor sobre questões de preço. O SINAVAL considera que a questão não tem aspectos políticos, ao contrário do informe publicitário divulgado pela Usiminas na imprensa. A imp

Sinaval
06/02/2009 17:13
Visualizações: 548 (0) (0) (0) (0)

Opinião: Presidente do Sinaval - Ariovaldo Rocha 

 

A indústria de construção e reparação naval e offshore brasileira tem com a indústria siderúrgica local uma parceria natural.  O SINAVAL mantém entendimentos com o IBS (Instituto Brasileiro de Siderurgia) sobre a questão do fornecimento e do preço do aço de chapa grossa, insumo essencial aos estaleiros para a construção estrutural de navios e plataformas de petróleo.

 

O debate atual entre a Usiminas e a Transpetro refletem o jogo das relações comerciais normais entre consumidor e fornecedor sobre questões de preço. O SINAVAL considera que a questão não tem aspectos políticos, ao contrário do informe publicitário divulgado pela Usiminas na imprensa. A importação é uma solução pontual para regulação de preços que no ano passado sofreram diversos aumentos.

 

O sistema Usiminas-Cosipa, como único fornecedor de aço de chapa grossa detém um virtual monopólio deste segmento. Ao longo dos anos, diversos estaleiros relataram episódios onde a força desse monopólio ficou aparente, através da imposição de situações de fornecimento, com mudanças unilaterais em acordos de preço e de prazos.

 

Críticas a Transpetro pela importação de aço da China, por questão de preços, para a construção de seus petroleiros, não podem ser levadas a sério considerando que  importações de aço da China também são realizadas pela Usiminas-Cosipa,  para revender a seus clientes.

 

A Petrobras, acionista controlador da Transpetro, é o gerador da quase totalidade das encomendas de aço de chapa grossa (navios de apoio, navios petroleiros, e gasodutos), nem por isso tem recebido um tratamento adequado que comercialmente seria oferecido a qualquer grande cliente.

 

Neste momento o Brasil está envolvido num esforço de construção de infra-estrutura que definirá um novo espaço de participação internacional do país. Esse futuro próximo trará benefícios a todas as empresas brasileiras.

 

Em relação a indústria de construção naval, os entendimentos com o IBS vem se realizando, na tentativa de chegar a uma posição que atenda aos interesses de todos, não apenas da Usiminas-Cosipa. A questão pontual do preço não deve ofuscar a visão de que a indústria naval vem a sete anos em processo de recuperação, desde 2008 está em processo de consolidação, e o crescimento do consumo de aço de chapa grossa não pode ser considerado uma surpresa.

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

22