O Globo / Coluna do Ancelmo
Além das estatais
No papel, a futura usina de Belo Monte será, como se sabe, controlada por grupos privados, empreiteiras quase sempre. Mas o braço público vai além dos 49% de ações que estatais da família Eletrobras terão, seja qual for o consórcio vencedor no leilão de amanhã.
O consultor Adriano Pires lembra que o BNDES vai financiar a obra em 25% num prazo de 30 anos. “O total do financiamento será de R$ 13,5 bilhões via Tabela Price, que é muito mais vantajoso por cobrar juros decrescentes, e não pelo Sistema de Amortização Constante, cujas prestações são fixas.”
E mais...
Durante dez anos, a Sudam dará um desconto de 75% no Imposto de renda a ser pago pela futura usina. Além disso, os fundos de pensão — os mais fortes são paraestatais — deverão aderir ao consórcio vencedor.
No mais
Usar o meu, o seu, o nosso dinheiro em Belo Monte pode ser a única alternativa de botar a usina em pé. Mas é preciso deixar isto claro.
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