O planejamento da empresa inclui a construção de uma base de operações em Macaé (RJ), de um porto, ainda sem local definido, além do estaleiro em Navegantes (RS), já em construção.
A Alfanave Transporte Marítimo Ltda., subsidiária brasileira do grupo norte-americano Edison Chouest Offshore, tem um plano de investimento de R$ 149 milhões para os próximos dois anos, informa o diretor comercial da empresa Ricardo Chagas.
O planejamento da empresa inclui um estaleiro em Navegantes (RS), já parcialmente construído e que consumirá investimentos totais de R$ 54 milhões; uma base de operações em Macaé (RJ), na qual serão investidos outros R$ 15 milhões e um porto, ainda sem localização definida, mas no qual serão investidos R$ 80 milhões.
A Edison Chouest Offshore está sediada na cidade de Galiano, no estado da Lousianna, possui 140 barcos, cinco estaleiros e um porto de otimização das atividades no Golfo do México. O objetivo da companhia é criar a mesma estrutura de serviços integrados no Brasil.
A construção do estaleiro de Navegantes deverá estar concluída em fevereiro de 2006. No entanto, mesmo em construção as instalações já permitem a construção de embarcações, como os dois PSV que já possuem contratos com a Petrobras e deverão entrar em operação em 2007. Segundo Chagas, o estaleiro está ocupado durante os próximos 10 anos, no entanto não há objetivo de construir embarcações para outras empresas.
A base de Macaé deverá estar pronta e operando em oito meses, em julho de 2006, e será direcionada para atender as necessidades dos barcos em operação para a Petrobras. O terreno recém adquirido tem 4 mil km² e será destinado a manutenção, armazenamento de peças e também vai abrigar um centro de treinamento em posicionamento dinâmico, que segundo Chagas, será o mais moderno na América Latina.
Para a construção do porto, a companhia espera iniciar as obras em meados de 2006 e concluí-las um ano depois, em meados de 2007.
A expectativa da Alfanave é a de construir quatro ou cinco navios de apoio offshore nos próximos dois anos. Dois já possuem contratos com a Petrobras e os restantes serão construídos para a oferta posterior ao mercado.
Segundo Chagas, a empresa ainda depende muito da demanda da Petrobras, que hoje representa 95% do mercado brasileiro, no entanto a expectativa da empresa é a de que o mercado venha a crescer com a auto-suficiência em petróleo. Além disso, o diretor acredita que as outras petroleiras estabelecidas no Brasil venham a representar uma parcela maior do mercado de apoio offshore.
"Vislumbramos a possibilidade de que as outras companhias venham a representar entre 20% e 25% dos contratos para navios de apoio offshore nos próximos dois anos ou dois anos e meio", diz.
Atualmente, a Alfanave tem dois barcos de bandeira brasileira em operação para a Petrobras, o Cabo Frio e o Mr. Chaffic. Além destes, também opera outros três de bandeira norte-americana, um para a Halliburton, outro para a BJ Services e mais um para a Petrobras.
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