Preços

Analista adverte para risco de especulação

Apesar da escalada dos preços do petróleo no mercado internacional se manter constante, a analista da Espírito Santo Securities (BES), Mônica Araújo, considera a alta absolutamente injustificada. Nesta quinta-feira (19/08), o barril do WTI superou os US$ 48 e o Brent se aproxima dos US$ 44. Mô

Com agências intern
19/08/2004 03:00
Visualizações: 429 (0) (0) (0) (0)

Apesar da escalada dos preços do petróleo no mercado internacional se manter constante, a analista da Espírito Santo Securities (BES), Mônica Araújo, considera a alta absolutamente injustificada. Nesta quinta-feira (19/08), o barril do WTI superou os US$ 48 e o Brent se aproxima dos US$ 44. Mônica Araújo afirma que há oferta suficiente para atender a demanda mundial e que a alta dos preços tem parte dos fundamentos nos fatos geo-político-econômicos atuais e parte na potencialização das más notícias sobre a oferta de petróleo.
"Um exemplo da potencialização da má notícia é a questão venezuelana. Antes do referendo havia o medo de que Hugo Chávez perdesse as eleições e que isso levasse a alguma instabilidade na Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). Chávez ganhou a eleição, mas o preço continuou subindo", indigna-se.
Mônica Araújo avalia que a situação de quebra da petroleira russa Yukos, os baixos estoques dos Estados Unidos e as ameaças às instalações petrolíferas no Iraque mantém o mercado em alerta, mas ainda assim, defende que "nem considerando todos os fundamentos de oferta e demanda não há justificativa para os preços estarem nesses patamares".
O argumento de que o preço atual do petróleo está baixo se for feita uma comparação com os valores das moedas nos anos 80, é totalmente refutado pela analista. "Se isso fosse verdade, teria que acontecer uma revisão dos preços de todas as commodities e não é o que acontece", argumentou, além do mais a economista é contrária ao raciocínio de utilizar a moeda para remontar preços de 20 anos atrás.
O analista do setor de commodities do Barclays Capital, Benoit de Vitry, concorda que o mercado está operando acima do que deveria, mas ainda espera ver o barril WTI sendo negociado a US$ 50 no quarto trimestre na bolsa de Nova Iorque.
Nas análises mais recentes, a causa apresentada para a redução da oferta recai sobre os estoques de petróleo comercial norte-americanos, que sofreram redução pela terceira semana seguida, e sobre as milícias iraqueanas, que prometem atacar o principal duto de exportação de petróleo do país, caso as forças de ocupação não saiam da cidade de Najaf.
Nos Estados Unidos, o governo revelou, nesta quarta-feira (18/08), que os estoques de suprimentos foram reduzidos em 1,3 milhões de barris para 293 milhões. Esta é a terceira semana de declínio seguida.  
No Iraque, o principal oleoduto do país está paralisado desde o ataque sabotagem de 9 de agosto e a exportação tem sido feita por um oleoduto secundário, de menor capacidade. Além disso, com as promessas de ataque feitas pelos seguidores do clérigo xiita Moqtada al-Sadr, o ministro do petróleo do Iraque Thamir al-Ghadhban disse que as exportações não serão reestabelecidas até que uma situação de segurança seja implementada. "Uma vez que as coisas voltem ao normal, as exportações também voltarão", disse o ministro à Reuters.
No lado da demanda, os maiores culpados são as economias emergentes China e Índia, que não demonstram tendência de redução no consumo, mesmo com os altos custos de energia.
As refinarias da China processaram 17,2%  de petróleo a mais este ano do que no ano anterior, informou o Bureau Estatístico do Estado chinês, nessa quinta-feira (19/08). A importação de petróleo no final de julho cresceu aproximadamente 40% em relação ao último ano. Na maior refinaria da Índia, a estatal Indian Oil Corp Ltd (IOC), a expectativa é de que a importação de petróleo da Índia aumente 11% em 2004 - 2005, conforme a demanda aumente cerca de 4%.

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Emprego
Firjan alerta: aumento do FOT cria tarifaço fluminense e...
15/08/25
Pré-Sal
PRIO vence disputa por carga de Atapu e pela primeira ve...
15/08/25
Petrobras
Com 225 mil barris/dia, FPSO Almirante Tamandaré bate re...
15/08/25
Resultado
Porto do Rio de Janeiro lidera crescimento entre os port...
15/08/25
Etanol de milho
Biocombustível impulsiona uso do milho e amplia fronteir...
15/08/25
ANP
TIP ANP: 3ª edição do evento debateu temas relacionados ...
15/08/25
Descomissionamento
ABPIP promove debate para otimizar custos e prazos de de...
15/08/25
Fenasucro
Cogeração, biometano e CCS colocam Brasil no centro da t...
15/08/25
Paraná
Petrobras entrega primeiro lote de ARLA 32 na Ansa, em A...
14/08/25
Fenasucro
Biodiesel avança como pilar da transição energética e ga...
14/08/25
Fenasucro
Na FenaBio, Anfavea afirma que com 100% de etanol na fro...
14/08/25
Dutos
Transpetro investe R$ 100 milhões por ano para ampliar a...
14/08/25
Logística
Super Terminais recebe Selo Ouro e tem inventário de emi...
14/08/25
PD&I
Tecnologia brasileira utiliza inteligência artificial pa...
14/08/25
Energia Elétrica
GE Vernova fornecerá subestação de energia para fábrica ...
14/08/25
Fenasucro
Brasil terá combustível sustentável de aviação disponíve...
14/08/25
Gás Natural
Prorrogada consulta pública sobre Plano Coordenado de De...
14/08/25
Resultado
Gasmig registra crescimento de 8,5% de lucro líquido
14/08/25
IBP
Energia da Evolução: campanha do IBP explica como o petr...
14/08/25
PPSA
Produção de petróleo da União bate novo recorde e alcanç...
14/08/25
Fenasucro
FenaBio estreia com debates sobre etanol, biodiesel, IA,...
14/08/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

22