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Analistas esperam alta de 4,6% no lucro da Petrobras

Previsões são de lucro de R$5,89 bi.

Valor Econômico
25/10/2013 11:55
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Analistas esperam alta de 4,6% no lucro da Petrobras
O aumento do volume de importações de óleo diesel e gasolina deve influenciar negativamente o resultado da Petrobras no terceiro trimestre, que será divulgado hoje, após o fechamento do mercado. A média das previsões de sete casas de análise obtidas pelo Valor indica um lucro líquido para a petroleira de R$ 5,89 bilhões, de julho a setembro, com ligeira alta de 4,57% em relação ao resultado de igual trimestre de 2012.
A média das estimativas dos bancos de investimentos e corretoras consultadas indica ainda uma receita líquida de R$ 76,519 bilhões para o período, com alta de 3,69% frente o terceiro trimestre de 2012. Na mesma comparação, o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) apresenta um número 10,33% superior, de R$ 15,859 bilhões. Foram consideradas as estimativas do Itaú BBA, J.P. Morgan, Credit Suisse, HSBC, Planner, Ágora e Deutsche Bank.
Alguns analistas estão com dúvidas quanto ao que considerar no resultado que a Petrobras vai divulgar hoje. Não está claro, por exemplo, se a companhia já consolidou a venda de sua participação no Parque das Conchas, por US$ 1,54 bilhão, já que existem dúvidas quanto ao reconhecimento do lucro pelas operações de vendas de ativos.
O pagamento do bônus de assinatura do campo de Libra, de R$ 6 bilhões (cerca de US$ 2,8 bilhões), não é uma preocupação imediata. Além do fato de o dinheiro precisar ser desembolsado apenas no quarto trimestre (por volta do dia 20 de novembro), a companhia tem caixa suficiente.
"A empresa tem US$ 28 bilhões de dívida nova e trouxe o caixa para mais de US$ 33 bilhões. Pagar Libra agora é fácil", avalia um experiente analista do mercado. O problema, continua ele, é que, até o leilão de Libra, a companhia já tinha preparado o caixa para pagar todos os compromissos até a eleição presidencial de 2014. "Se não fosse Libra, a Petrobras teria dinheiro para tudo o que eles precisariam até a eleição. Com Libra, devem ter de levantar alguma coisa", prevê.
Os analistas do J.P. Morgan, que preveem lucro líquido de R$ 6,6 bilhões para a petroleira no trimestre, estimaram em relatório que o aumento das importações de combustíveis e a defasagem significativa entre os preços internos e internacionais dos produtos devem afetar o resultado da petroleira no período.
Paula Kovarsky, do Itaú BBA, constata o mesmo. "O maior impacto provavelmente vem da despesa com importação de diesel e gasolina", afirma em relatório. Entre os pontos ressaltados pelo Itaú BBA que ajudam o resultado do trimestre estão o aumento de 7% no preço do petróleo no trimestre, a depreciação de 9% do real frente ao dólar e um aumento de 2% nas vendas de combustíveis. Com isso, o preço de realização da Petrobras (média de todos os derivados vendidos no país) deve aumentar 8% segundo o banco.
O banco ressaltou ainda que a defasagem de preços domésticos da gasolina e do diesel em relação aos valores praticados no mercado internacional, pelos quais a companhia importa os dois produtos, alcançou 20% para os dois combustíveis no trimestre em análise.
O Itaú BBA projeta um lucro líquido de R$ 5,165 bilhões no terceiro trimestre, com queda de 8,34% em relação ao obtido de julho a setembro de 2012. Na mesma comparação, o banco prevê uma receita de R$ 78,625 bilhões e um Ebitda de R$ 15,137 bilhões para a estatal no terceiro trimestre de 2013. A queda em relação ao Ebitda obtido no trimestre exatamente anterior, de R$ 16,185 bilhões, reflete o aumento das despesas com a importação de derivados de petróleo.
Os mesmos motivos levam a Planner a considerar sua previsão para o resultado da Petrobras para o terceiro trimestre como "apenas razoável". A casa de análise prevê um lucro líquido de R$ 6,673 bilhões para a petroleira no período.
"Acreditamos que o resultado não será melhor por conta do aumento de importações e defasagem de preços, mas o mercado de combustíveis continua aquecido no país", destaca a Planner.
Em relatório, a corretora ressalta que, de acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o mercado de combustíveis do país continua registrando aumento de vendas. Como a produção da Petrobras não evolui no trimestre, as importações de combustíveis tiveram altas "expressivas".
Por outro lado, a Planner destacou que "a estabilidade da cotação do dólar foi positiva no terceiro trimestre de 2013, mantendo controlados os custos e despesas cotados na moeda americana".

O aumento do volume de importações de óleo diesel e gasolina deve influenciar negativamente o resultado da Petrobras no terceiro trimestre, que será divulgado hoje, após o fechamento do mercado. A média das previsões de sete casas de análise obtidas pelo Valor indica um lucro líquido para a petroleira de R$ 5,89 bilhões, de julho a setembro, com ligeira alta de 4,57% em relação ao resultado de igual trimestre de 2012.


A média das estimativas dos bancos de investimentos e corretoras consultadas indica ainda uma receita líquida de R$ 76,519 bilhões para o período, com alta de 3,69% frente o terceiro trimestre de 2012. Na mesma comparação, o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) apresenta um número 10,33% superior, de R$ 15,859 bilhões. Foram consideradas as estimativas do Itaú BBA, J.P. Morgan, Credit Suisse, HSBC, Planner, Ágora e Deutsche Bank.


Alguns analistas estão com dúvidas quanto ao que considerar no resultado que a Petrobras vai divulgar hoje. Não está claro, por exemplo, se a companhia já consolidou a venda de sua participação no Parque das Conchas, por US$ 1,54 bilhão, já que existem dúvidas quanto ao reconhecimento do lucro pelas operações de vendas de ativos. O pagamento do bônus de assinatura do campo de Libra, de R$ 6 bilhões (cerca de US$ 2,8 bilhões), não é uma preocupação imediata. Além do fato de o dinheiro precisar ser desembolsado apenas no quarto trimestre (por volta do dia 20 de novembro), a companhia tem caixa suficiente.


"A empresa tem US$ 28 bilhões de dívida nova e trouxe o caixa para mais de US$ 33 bilhões. Pagar Libra agora é fácil", avalia um experiente analista do mercado. O problema, continua ele, é que, até o leilão de Libra, a companhia já tinha preparado o caixa para pagar todos os compromissos até a eleição presidencial de 2014. "Se não fosse Libra, a Petrobras teria dinheiro para tudo o que eles precisariam até a eleição. Com Libra, devem ter de levantar alguma coisa", prevê.


Os analistas do J.P. Morgan, que preveem lucro líquido de R$ 6,6 bilhões para a petroleira no trimestre, estimaram em relatório que o aumento das importações de combustíveis e a defasagem significativa entre os preços internos e internacionais dos produtos devem afetar o resultado da petroleira no período.


Paula Kovarsky, do Itaú BBA, constata o mesmo. "O maior impacto provavelmente vem da despesa com importação de diesel e gasolina", afirma em relatório. Entre os pontos ressaltados pelo Itaú BBA que ajudam o resultado do trimestre estão o aumento de 7% no preço do petróleo no trimestre, a depreciação de 9% do real frente ao dólar e um aumento de 2% nas vendas de combustíveis. Com isso, o preço de realização da Petrobras (média de todos os derivados vendidos no país) deve aumentar 8% segundo o banco.


O banco ressaltou ainda que a defasagem de preços domésticos da gasolina e do diesel em relação aos valores praticados no mercado internacional, pelos quais a companhia importa os dois produtos, alcançou 20% para os dois combustíveis no trimestre em análise.


O Itaú BBA projeta um lucro líquido de R$ 5,165 bilhões no terceiro trimestre, com queda de 8,34% em relação ao obtido de julho a setembro de 2012. Na mesma comparação, o banco prevê uma receita de R$ 78,625 bilhões e um Ebitda de R$ 15,137 bilhões para a estatal no terceiro trimestre de 2013. A queda em relação ao Ebitda obtido no trimestre exatamente anterior, de R$ 16,185 bilhões, reflete o aumento das despesas com a importação de derivados de petróleo.


Os mesmos motivos levam a Planner a considerar sua previsão para o resultado da Petrobras para o terceiro trimestre como "apenas razoável". A casa de análise prevê um lucro líquido de R$ 6,673 bilhões para a petroleira no período.


"Acreditamos que o resultado não será melhor por conta do aumento de importações e defasagem de preços, mas o mercado de combustíveis continua aquecido no país", destaca a Planner.


Em relatório, a corretora ressalta que, de acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o mercado de combustíveis do país continua registrando aumento de vendas. Como a produção da Petrobras não evolui no trimestre, as importações de combustíveis tiveram altas "expressivas".


Por outro lado, a Planner destacou que "a estabilidade da cotação do dólar foi positiva no terceiro trimestre de 2013, mantendo controlados os custos e despesas cotados na moeda americana".


 

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