Jornal do Commercio
Após 18 meses de batalha pelo controle da fabricante alemã de chapas de aço Dillinger Huette, a ArcelorMittal mudou de tática e afirmou ontem que vai vender sua participação acionária na empresa, arrecadando US$ 1 bilhão na transação.
A Arcelor, maior siderúrgica do mundo, não vai mais tentar obter uma participação controladora na Dillinger Huette, que fabrica chapas de aço pesadas e vende a maior parte de sua produção para clientes do setor de energia.
A Arcelor vai reduzir sua participação votante na companhia de 51,25% para 33,4% ao vender fatias acionárias para dois dos seus acionistas principais: a Struktur-Holding-Stahl, uma unidade da Fundação Montan-Stiftung-Saar , um cartel privado, e a Dillinger Huette Saarstahl.
A Arcelor vai ganhar 777 milhões de euros, ou US$ 1 bilhão, com a venda das ações, que inclui um dividendo proposto para 2008.
No mês passado, a Arcelor anunciou que planeja reduzir sua dívida líquida em US$ 10 bilhões até o fim de 2009 e cortar os gastos em US$ 5 bilhões durante os próximos cinco anos.
A ArcelorMittal é alvo de um processo judicial de US$ 5,37 milhões por parte da transportadora Western Bulk Carriers KS, que alega que a maior siderúrgica do mundo não cumpriu um acordo de fretar navios para quatro cargas de 40 mil toneladas de minério de ferro.
A Western Bulk, em uma ação judicial apresentada em 8 de dezembro nos EUA, pede US$ 4,1 milhões em indenização e o resto em juros e custos com advogados.
A Western Bulk fez “cobranças freqüentes de pagamento” para a ArcelorMittal, que “não cumpriu, negligenciou ou se recusou”, dizem os documentos apresentados ao tribunal.
As siderúrgicas estão reduzindo os embarques de minério de ferro e de outras matérias-primas, depois que a demanda por aço por parte de montadoras de automóveis e construtoras despencou.
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