Meio Ambiente

Armadora Hamburg-Süd adota pintura não-poluente

<P>&nbsp;&nbsp;&nbsp; A armadora Hamburg-Süd adotou uma técnica não-poluente para proteger os cascos de seus navios de algas. Após quatro anos de testes, a multinacional anunciou que passará a aplicar em seus cargueiros com uma pintura de silicone livre de biocidas. O primeiro navio a usar o ma...

Redação
22/03/2006 00:00
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    A armadora Hamburg-Süd adotou uma técnica não-poluente para proteger os cascos de seus navios de algas. Após quatro anos de testes, a multinacional anunciou que passará a aplicar em seus cargueiros com uma pintura de silicone livre de biocidas. O primeiro navio a usar o material é o Cap Finisterre.
    Segundo a companhia, com esta medida, ela continua no caminho em que embarcou há cerca de 15 anos, no sentido de utilizar revestimentos ambientalmente compatíveis no transporte marítimo. A Hamburg-Süd abandonou o uso de pinturas anti-resíduos poluentes entre os anos de 1989 e 1991, quando os navios porta-contêineres Cap Trafalgar, Cap Polonio e Cap Finisterre tiveram seus cascos tratados com produtos livres de TBT (a base de alumínio). Este procedimento continuou até 2002.
    Neste ano, o graneleiro Santa Rosa foi o último navio da frota pertencente à empresa a ser convertido para o revestimento livre do composto. A idéia de usar o silicone surgiu no final do século passado. De 2000 a 2002, os navios da Hamburg Süd Cap Roca e Cap Polonio participaram de um projeto experimental em associação com a fundação ambientalista alemã da World Wildlife Fund for Nature (WWF). Após o término da fase de testes, somente as pinturas a base do material não apresentaram crescimento de algas.
    Três faixas experimentais com o produto permaneceram nos cascos dos cargueiros, sendo então sujeitas a mais três anos de exames.
    - Durante uma atracação de rotina de dois navio porta-contêineres, em fevereiro e março, demos outra olhada nas faixas experimentais. Elas estavam em perfeitas condições. Esse resultado positivo foi o fator crucial em nossa decisão de fazermos um revestimento de silicone no Cap Finisterre, utilizando uma tinta fornecida pela empresa japonesa Chugoku -, disse Christoph Gessner, um dos executivos da Hamburg-Süd.
    Segundo o executivo, ‘‘a pintura de silicone é duas vezes mais cara que a anteriormente utilizada. Isto acontece em virtude das quantidades relativamente pequenas exigidas atualmente ou produzidas internacionalmente’’, explicou.
    A longo prazo, porém, a despesa adicional da Hamburg-Süd será compensada. Os ganhos virão principalmente com as economias antecipadas de combustível, que serão possíveis com a redução do arrasto do casco, e a menor necessidade de cuidados com o revestimento de silicone durante toda a vida operacional do navio. Para a direção da armadora, esse investimento mostra como a ecologia e a economia podem andar de mãos dadas.

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