Preços

Barril de petróleo se acomoda próximo aos US$ 40

Depois do período de nervosismo, o mercado de petróleo parece recuperar uma certa normalidade e o patamar de preços cai aos níveis previstos por vários analistas há meses. Goret Paulo, chefe do Centro de Estudos de Energia da Fundação Getúlio Vargas (FGV), acredita que o preço de estabilid


26/08/2004 03:00
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Depois do período de nervosismo, o mercado de petróleo parece recuperar uma certa normalidade e o patamar de preços cai aos níveis previstos por vários analistas há meses. Goret Paulo, chefe do Centro de Estudos de Energia da Fundação Getúlio Vargas (FGV), acredita que o preço de estabilidade do barril nos próximos 20 anos ainda será abaixo dos US$ 40. Mônica Araújo, do Banco Espírito Santo (BES), destaca que quem especulou na alta já ganhou dinheiro e começa a vender posições.
As duas analistas concordam que os fatores que afetam os preços são conjunturais, decorrentes de turbulências geopolíticas e que ainda deverão impôr cenários de volatilidade e preços altos até o final de 2004 e, talvez, durante 2005. No aspecto estrutural, Goret afirma que a relação entre reserva e produção garante a oferta energética mundial por muito tempo e não é um fator que pressione os preços.
A analista da FGV lembra, no entanto, que a pouca capacidade ociosa da indústria petrolífera mundial é um fator de pressão no curto prazo e ainda pode fazer com que os preços voltem a subir. "Como as transformações nessa indústria demoram três ou quatro anos, os investimentos feitos agora para ampliar a produção só terão efeito depois desse período", avalia Goret.
Apesar da dificuldade de aumentar a oferta em pouco tempo faça com que qualquer alteração - tanto na demanda quanto na oferta existente - tenha impactos diretos sobre o preços, os últimos ataques a oleodutos no Iraque, não tiveram capacidade influenciar o mercado como o esperado. Mônica Araújo explica que "como o país já estava operando abaixo da capacidade, a redução de oferta foi pequena".
Para o futuro, as analistas consideram a previsão difícil, altamente influenciadas por taxas de crescimento mundial e fatores políticos. Mônica Araújo destaca que "a manutenção do barril em alta também faz com que campos considerados pouco comerciais em períodos de preços baixos venham a se tornar produtivos, o que contribui para queda nos preços". Para Goret, as instabilidades políticas no Iraque e na Venezuela são os principais fatores de alta. Segundo a analista da FGV, apesar da vitória de Hugo Chávez dar uma idéia de estabilidade política, o mercado continua desconfiado quanto as políticas que podem vir a ser adotadas.
Em quatro dias, o barril WTI perdeu mais de 11% de seu valor, passando de US$ 49,50 para menos de US$ 44. O Brent caiu de mais de US$ 45 para se situar na faixa dos US$ 40.

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