Financiamento

BNDES muda regras para tornar o pré-embarque mais competitivo

<P>O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai deixar mais competitivas as linhas de pré-embarque, que financiam a produção do bens a serem exportados. Ainda esta semana o banco deve distribuir carta-circular aos agentes financeiros na qual detalhará as novas condições....

Valor Econômico
10/03/2009 00:00
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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai deixar mais competitivas as linhas de pré-embarque, que financiam a produção do bens a serem exportados. Ainda esta semana o banco deve distribuir carta-circular aos agentes financeiros na qual detalhará as novas condições. O prazo do financiamento do pré-embarque será ampliado de 18 para 24 meses e o custo da operação com taxa fixa cairá de 15,35% para 11,5% ao ano, em média. Esse custo não inclui o spread do agente.

Luiz Antonio Araujo Dantas, superintendente da área de exportação do BNDES, disse que o objetivo é atender o mercado porque ainda existe, segundo ele, escassez na oferta de linhas comerciais, como Adiantamento sobre Contrato de Câmbio (ACC) e Adiantamento sobre Cambiais Entregues (ACE). Hoje o mercado de ACC e ACE está mais enxuto, afirmou Dantas. Segundo ele, as novas condições surgem para dar maior competitividade e ajudar as empresas a reduzir o custo de produção.

As mudanças são válidas por tempo indeterminado. Até que se esgotem os recursos ou até que se tenha funding mais barato, disse Dantas. Ele previu que, mesmo com as novas condições, os desembolsos do banco na linha de pré-embarque devem ficar este ano um pouco abaixo de 2008, quando foram liberados US$ 4,9 bilhões. O valor foi 40% maior do que os US$ 3,5 bilhões desembolsados no pré-embarque em 2007. No total, o BNDES prevê desembolsos de US$ 6 bilhões para apoiar a exportação este ano, abaixo dos US$ 6,59 bilhões do ano passado.

O mercado recebeu bem as novas condições. As mudanças vão trazer as linhas de pré-embarque para uma condição mais competitiva, disse Francisco Crema, diretor da área de repasses do Unibanco. Ele disse que a mudança na linha foi uma demanda dos bancos, via Federação Brasileira de Bancos (Febraban). A avaliação dos bancos era de que as linhas do BNDES-Exim, o braço de exportações do BNDES, não eram competitivas em relação às linhas comerciais.

O problema era de custo, disse Crema. Entre as mudanças, também deve ser anunciada a eliminação do limite de empréstimo de US$ 150 milhões por grupo econômico nas operações de bens de consumo, incluindo produtos como eletrônicos e alimentos. No segmento de bens de capital, o BNDES já havia eliminado, no ano passado, a restrição de empréstimo de US$ 50 milhões por grupo econômico.

O BNDES-Exim também continuará a ter participação de 100% nos financiamentos. Antes do aprofundamento da crise, no fim de 2008, o banco financiava 60% do produto a ser exportado e os 40% restantes tinham que ser financiados no mercado com outras fontes. Além da taxa fixa, que agora cai, em média, para 11,5% ao ano, o banco oferece a opção de uma taxa menor combinada com variação cambial (dólar). Essa taxa, que era de 7,65%, subiu para 8% por força do aumento no custo de captação externa.

Crema, do Unibanco, diz que a volatilidade do mercado praticamente fez desaparecer a demanda por essa forma de financiamento no pré-embarque. No mercado há quem entenda que a redução no custo do pré-embarque colocará a linha em taxas equivalentes às do mercado. O objetivo não é competir com o mercado mas manter as empresas atendidas, enfatizou Dantas.

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