Agência Lusa
Cientistas calculam que o poço da BP, que explodiu em abril, tem estado a libertar diariamente no Golfo do México entre 1,9 milhões e 3,8 milhões de litros de petróleo.
A petrolífera BP retomou quinta feira à noite a operação de contenção do derrame de petróleo no Golfo do México. O incidente dura há cinco semanas e já é considerado o maior desastre ecológico nos Estados Unidos.
A empresa começou na quarta feira a injetar lama pesada no poço a 1 500 metros de profundidade, tendo chegado a interromper momentaneamente o trabalho na quinta feira.
Duas equipas de cientistas calcularam que o poço, que explodiu em abril, tem estado a libertar uma quantidade de petróleo estimada entre 1,9 milhões e 3,8 milhões de litros por dia.
A escala do monstro
A estimativa mais conservadora aponta para uma fuga de 68 milhões de litros de crude, quase o quádruplo da quantidade que foi libertada no desastre do Exxon Valdez (42 milhões de litros) no Alasca, em 1989, enquanto a mais pessimista antevê a libertação de 148 milhões de litros.
"Agora sabemos a verdadeira escala do monstro que estamos a combater no Golfo (do México)", afirmou o vice-presidente da Federação Nacional da Vida Selvagem, Jeremy Symons, acrescentando que "a BP libertou uma força imparável de proporções terríveis".
Um porta-voz da BP, Steve Rinehart, disse que a estimativa anterior de petróleo derramado por dia, 795 mil litros, estava baseada na melhor informação disponível na altura.
Este derrame não é o pior ocorrido no Golfo do México, uma vez que em 1979 uma plataforma petrolífera em águas mexicanas, a Ixtoc I, explodiu e provocou o derrame de 530 milhões de litros de petróleo.
Demissão por entre críticas
Entretanto, a diretora do Serviço de Gestão de Minerais, Elizabeth Birnbaum, demitiu-se do cargo que ocupava desde julho, sob uma chuva de críticas.
Um relatório interno do Ministério do Interior, divulgado no início da semana, apurou que, entre 2000 e 2008, os membros daquele serviço aceitaram bilhetes para espetáculos desportivos, convites para refeições e outras prendas de empresas de petróleo e gás e que usavam os computadores do Governo para verem pornografia.
O Presidente norte-americano, Barack Obama, anunciou que quer pôr um fim à relação "escandalosamente chegada" entre os reguladores e as empresas que deveriam fiscalizar.
*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***
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