Redação TN Petróleo/Assessoria MME
O Brasil e o mundo passam por uma transição energética única e um dos principais motivadores são as mudanças climáticas. A descarbonização da nossa matriz energética passa, sem dúvida, pelo consumo de combustíveis do setor de transportes". A afirmação é do secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia (MME), José Mauro Coelho (foto), no IV Congresso Nacional de Engenharia de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (IV CONEPETRO) e VI Workshop de Engenharia de Petróleo (VI WEPETRO), ocorrido nesta quarta-feira (26/5).
Sob o título "A Visão do MME Quanto às Projeções Energéticas na Indústria de Óleo, Gás e Biocombustíveis Brasileira", o secretário falou sobre a potência energética brasileira, enaltecendo o potencial eólico, solar, hidrelétrico, de bioenergia e de produção de biocombustíveis, além das reservas de urânio, mineral que hoje está sob total domínio do Brasil. "A matriz energética brasileira tem uma participação de renováveis da ordem de 44%, enquanto o restante do mundo tem apenas 14%. Isso faz da nossa uma das matrizes mais limpas do mundo", destacou José Mauro.
O secretário lembrou que 20% do consumo do setor de transporte atualmente é de combustíveis renováveis e garantiu que o Brasil tem caminhado no sentido da ampliação desse consumo. Segundo ele, a Política Nacional de Biocombustíveis (Renovabio), irá impulsionar a participação de renováveis na matriz de transporte e os biocombustíveis serão responsáveis por quase 30% do consumo do setor de transportes em 2030, "o que é único no mundo".
Ao longo da conferência, José Mauro Coelho mostrou a força do setor de petróleo, de biocombustíveis, de gás natural e de refino. "A expectativa é atingirmos cerca de 5,3 bilhões de barris/dia, em 2030, tornando o Brasil o quarto maior produtor de petróleo do mundo", ressaltou.
José Mauro garantiu que o País "terá bastante gás no futuro" e que a produção será triplicada em 2030, com previsão de 55 milhões de metros cúbicos/dia de gás natural.
A conferência abrangeu também biocombustíveis como biogás, biometano e bioquerosene, além dos desinvestimentos em refino previstos pela Petrobras. O secretário apresentou números do setor sucroenergético brasileiro que demonstraram que o País deverá produzir, em 2030, 46 milhões de litros de etanol/dia.
O secretário encerrou destacando a relevância dos principais programas em andamento no MME como Renovabio, Combustível do Futuro, Abastece Brasil, BidSim, Programa de Revitalização e Incentivo à Produção de Campos Marítimos (Promar) e Programa de Revitalização da Atividade de Exploração e Produção de Petróleo e Gás Natural em Áreas Terrestres (Reate).
"O Renovabio é motivo de orgulho para todos nós brasileiros. Não é somente um programa de governo, mas do Estado brasileiro", frisou. "São ações de fundamental importância para o Brasil, pois todos geram milhares de empregos, trazem renda às famílias, desenvolvimento regional e local e promovem bem-estar e qualidade de vida a todos os brasileiros", finalizou.
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