Siderurgia

Brasil e EUA no foco da Thyssen

A Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), que saiu do papel na sexta-feira, será plataforma de exportações para o mercado europeu, enquanto a aquisição da Dofasco integra a estratégia de crescer no gigante mercado americano. Pelo menos duas siderúrgicas serão construídas nos EUA, uma de...

Gazeta Mercantil
02/10/2006 00:00
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A Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), que saiu do papel na sexta-feira, será plataforma de exportações para o mercado europeu, enquanto a aquisição da Dofasco integra a estratégia de crescer no gigante mercado americano. Pelo menos duas siderúrgicas serão construídas nos EUA, uma delas para processar as placas de aço que serão produzidas no Brasil.

Essa siderúrgica (CSA) é o elemento central da nossa estratégia de crescimento integrado para o segmento de aço. O fornecimento de chapas de alta qualidade a baixo custo a partir do Brasil irá nos permitir buscar oportunidades de crescimento em nosso principal mercado e na região do Nafta, afirmou o presidente da holding, Karls Urich Köhler, durante a cerimônia de lançamento da pedra fundamental da CSA. A ThyssenKrupp investirá de 7 bilhões a 10 bilhões nos próximos anos em aquisições e expansão.

Na rota de crescimento dos alemães, México, Leste Europeu e China também participam. O executivo explicou que a restrição de aquisições na China levou o grupo a formar parcerias no país asiático. Köhler informou que a empresa tem formado diversas joint ventures na região. Já a Dofasco é tratada como prioridade nas aquisições da Thyssen. Caso não possamos adquirir a empresa, executaremos nossos planos de construção de uma nova fábrica. Ao mesmo tempo, a Thyssen terá uma usina nos EUA de 1,8 bilhão e produção de 4,5 milhões de toneladas/ano de produtos finais de aço e a ThyssenKrupp Inoxidável tem planos para uma fundição de aço com capacidade de até 1 milhão de toneladas métricas de chapas.

Uma unidade de laminação a frio, também a ser construída, será projetada inicialmente para produzir 325 mil toneladas de lâminas a frio e 100 mil toneladas de lâminas a quentes decapadas. A nossa fábrica de aço inoxidável no México, a ThyssenKrupp Mexinox, será abastecida por lâminas a quente dos EUA como material inicial. Espera-se que o volume de investimento da ThyssenKrupp Inoxidável chegue a 500 milhões.

Nos próximos anos, o mercado americano deverá apresentar um crescimento acima da média não apenas para produtos planos de aço carbono de alta qualidade, mas também para aço inoxidável. O executivo disse que a holding não possui dívidas e tem perspectiva de alcançar receita anual de ? 50 bilhões.

A ThyssenKrupp, que está investindo cerca de US$ 3,3 bilhões na CSA, negocia com o governo brasileiro vantagens competitivas para a aquisição de bens e serviços no País. A companhia pode trazer 600 chineses ao Brasil, segundo o presidente da holding, para trabalhar na montagem de equipamentos que poderão ser adquiridos de empresas chinesas.

O governo brasileiro e a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) tentam estabelecer conteúdo local mínimo, enquanto a empresa alemã negocia questões tarifárias para importações de bens e serviços.

Seja qual for o desfecho, porém, três mil empregos estão garantidos no Brasil. É o total de empregados que a CSA precisará quando entrar em operação, em 2009. A capacidade de produção será de 5 milhões de toneladas métricas de placas, dos quais 2 milhões de toneladas serão destinados ao processamento na Alemanha, e 3 milhões de toneladas serão destinados para a região do Nafta. A ThyssenKrupp tem 90% do empreendimento e os outros 10% são da Companhia Vale do Rio Doce.

Fonte: Gazeta Mercantil (Sabrina Lorenzi)
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