Maturidade da agroindústria, investimento em tecnologia e uso inteligente de subprodutos industriais tornam o país referência internacional no setor; assunto será abordado na Fenasucro & Agrocana, de 12 a 15 de agosto, em Sertãozinho/SP.
Redação TN Petróleo/Assessoria Fenasucro & AgrocanaA renovação da matriz energética faz do Brasil um destaque mundial na cogeração de energia. Enquanto o carvão mineral representa 61% da cogeração global - de acordo com o relatório Global CHP Market Overview, de dezembro de 2024 -, o país caminha na direção oposta e mais adequada, seguindo os anseios mundiais por uma produção mais sustentável. Em 2021, 69,2% da cogeração nacional foi proveniente de fontes renováveis, como o bagaço de cana-de-açúcar, o licor negro (da indústria de papel e celulose) e o cavaco de madeira. É o que explica Leonardo Nakamura, engenheiro de Energia da Cogen (Associação da Indústria de Cogeração de Energia).
Segundo ele, o protagonismo brasileiro se deve à maturidade da agroindústria. “O setor tem aproveitado a abundância de biomassas, além de investir em tecnologia e fazer uso inteligente de subprodutos industriais”, afirma.
O assunto será abordado durante a 31ª edição da Fenasucro & Agrocana, única feira do mundo voltada exclusivamente para a cadeia de bioenergia, que será realizada de 12 a 15 de agosto, no Centro de Eventos Zanini, em Sertãozinho/SP.
Exportação
Para Nakamura, além de ser uma referência internacional no setor de cogeração, o Brasil também pode contribuir globalmente exportando biocombustíveis, tecnologia e modelos de integração entre indústria e energia limpa. Por isso, neste ano, está na agenda regulatória da Cogen a exportação de energia elétrica de biomassas para a Argentina e o Uruguai.
“Essa exportação representa uma nova fronteira para o crescimento da cogeração no Brasil. Diante do enfraquecimento dos leilões de energia no mercado regulado e da migração crescente para o mercado livre, a possibilidade de vender energia para países vizinhos, como Argentina e Uruguai, é uma oportunidade atrativa para a indústria, com potencial para garantir remuneração adicional aos projetos de bioeletricidade”, ressalta o engenheiro.
Essa integração regional também fortalece a segurança energética do Cone Sul, o que abre perspectivas para posicionar o Brasil como fornecedor estratégico de energia limpa. “Inclusive com potencial para liderar um corredor verde de exportação de energia renovável na América do Sul”, detalha Nakamura.
O que é a cogeração de energia?
A cogeração é a produção simultânea e de forma sequenciada de duas ou mais formas de energia a partir de um único combustível. O processo mais comum é a produção de eletricidade e energia térmica (calor ou frio) a partir do uso de biomassas ou gás natural, entre outras.
De acordo com Nakamura, os sistemas de cogeração apresentam diversas vantagens. Entre elas, a economia de investimentos em transmissão e distribuição de energia, menores perdas de energia, maior confiabilidade de fornecimento, melhor qualidade da energia produzida, além de elevada eficiência energética quando comparado aos sistemas tradicionais de geração de eletricidade.
Cogeração no Brasil
Ao todo, o Brasil registra 21,9 GW de capacidade instalada de cogeração em operação comercial. Esses dados foram consolidados ao final de junho de 2025, pela Cogen, com base em informações da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Esse total representa 10,3% da matriz elétrica nacional (212,6 GW), ao se considerar somente a Geração Centralizada.
Em relação a biomassas, registra-se 18,7 GW de Capacidade Instalada de Cogeração em operação comercial no Brasil, sendo 13,03 GW de bagaço de cana e 5,7 GW de outras fontes, principalmente licor negro e resíduos de madeira.
Segundo o Relatório Síntese do Balanço Energético Nacional – BEN 2024, a geração de energia elétrica por biomassas foi de 58,0 TWh em 2024, valor recorde e 7% superior ao registrado no ano anterior, e equivalente a 7,7% da geração de energia elétrica no Brasil (731,3 TWh).
“O objetivo da Fenasucro & Agrocana é discutir as principais tendências do setor da bioenergia. Por isso, durante o evento, vamos ampliar os debates sobre a importância da cogeração renovável de energia e a posição de destaque global do Brasil no setor”, adianta Paulo Montabone, diretor da feira.
Credenciamento e FenaBio
O credenciamento gratuito e destinado a visitantes, assessorias e imprensa já está aberto e pode ser feito por meio do site oficial do evento. Assim como os ingressos para a programação de conteúdo da FenaBio, que podem ser adquiridos exclusivamente pelo site.
Fenasucro & Agrocana - Em sua 31ª edição, a Fenasucro & Agrocana seguirá seu compromisso de impulsionar negócios, promover a atualização tecnológica e estimular o networking entre os principais players do mercado bioenergético.
Com mais de três décadas de história, a Fenasucro & Agrocana é o maior evento focado exclusivamente na bioenergia, reunindo os principais fabricantes nacionais e internacionais de equipamentos, soluções e tecnologias voltadas à produção de biocombustíveis e energia limpa. A feira é promovida pela RX Brasil, com apoio exclusivo do CEISE Br, e se consolidou como a principal plataforma de conexão entre a indústria fornecedora e os compradores do setor bioenergético. Mais informações no site www.fenasucro.com.br.
RX - A RX oferece oportunidades de conexão e desenvolvimento de negócios para indivíduos, comunidades e organizações. Utilizando o poder dos eventos presenciais e combinando-os com dados e produtos digitais, a RX conecta pessoas por meio de experiências e oportunidades comerciais em mais de 350 eventos realizados anualmente em 25 países, abrangendo 42 setores econômicos diferentes. Dedicada a gerar impactos positivos na sociedade, a empresa está comprometida com a criação de um ambiente de trabalho inclusivo para todos. A RX é uma divisão da RELX, um provedor global de análises e ferramentas de decisão baseadas em informações para profissionais e clientes corporativos.
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*Nota: A capitalização de mercado atual pode ser encontrada no Link.
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