Margem Equatorial

Capacidade de inovação da indústria de O&G impulsiona estratégias de descarbonização

Investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação dão suporte para evolução energética responsável e com gestão de riscos. Segurança operacional orienta estudos e prospecções na Margem Equatorial.

Redação TN Petróleo/Assessoria IBP
27/06/2025 16:24
Capacidade de inovação da indústria de O&G impulsiona estratégias de descarbonização Imagem: Divulgação IBP Visualizações: 756 (0) (0) (0) (0)

A evolução energética tem que ser feita de forma responsável, sem riscos de desabastecimento. O alerta foi feito pela diretora executiva corporativa do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), Claudia Rabello, nesta quinta-feira (26), em Belém (PA), último dia do Amazon Energy 2025 & 2º Evento Pré-COP IBP, evento realizado em parceria com a Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA). O sucesso das estratégias de descarbonização global passa pela capacidade de inovação e investimento do setor de energia, com grande participação da indústria de O&G.

Mediadora do painel 'Petróleo e gás na Margem Equatorial - oportunidades para o desenvolvimento regional e ações de mitigação ambiental e descarbonização', Claudia afirmou que novas fronteiras exploratórias no Brasil poderão contribuir para garantir o abastecimento energético com menos emissões.

A excelência operacional e tecnológica da Petrobras em águas profundas – destacou a executiva – também tem sido premiada internacionalmente. "Os investimentos em tecnologia da indústria de óleo e gás no Brasil sempre foram muito elevados", disse Claudia. Em 2023, segundo a diretora executiva do IBP, o setor investiu R$ 4 bilhões em P&DI, dos quais 25% destinados a estudos sobre descarbonização das operações e energias renováveis", disse Claudia. Esse volume refere-se apenas aos investimentos realizados por meio da cláusula de PD&I da ANP.

No painel de encerramento do evento, com representantes da FIEPA e governos do Pará e Amapá, Claudia Rabello ressaltou que a COP30 no Pará será uma boa oportunidade de mostrar que o Brasil já é uma referência em baixa emissão de carbono e que a indústria de óleo e gás é solução no processo de evolução energética.

O encerramento do Amazon Energy 2025 na noite de quinta-feira (26) foi marcado pela apresentação oficial da Carta Belém, documento que reúne os principais compromissos, recomendações e encaminhamentos discutidos ao longo do evento.

Transição

Já a diretora executiva de Gás Natural do IBP, Sylvie D'Apote, destacou o gás como o combustível da transição energética global. A produção nacional está concentrada hoje, principalmente, nas regiões Sudeste e Nordeste. "Mas já existe importação de GNL (Gás Natural Liquefeito) em Belém, no terminal de Barcarena, e temos o grande potencial do biometano", assinalou Sylvie.

Segundo ela, qualquer hidrocarboneto encontrado na região da Margem Equatorial vai contribuir muito para o desenvolvimento da região a partir da organização de uma nova atividade econômica. "A pobreza é o maior fator de problemas ambientais. Quando você introduz riqueza e desenvolvimento socioeconômico em uma região, automaticamente você vai numa direção de diminuir os impactos ambientas e as emissões", afirmou. 

O GNL, de acordo com a executiva, já está descarbonizando a Norsk Hydro, e pode contribuir para a substituição do óleo combustível em outras setores. "Também podemos pensar numa descarbonização do transporte pesado a partir do gás biometano", afirmou.

A dificuldade na região Amazônica, segundo Sylvie, está na criação de uma rede de gasoduto, pela geografia da região. "Hoje nós temos um grande gasoduto que vai de Urucu a Manaus e uma pequena rede de distribuição na própria cidade de Manaus. Quando tivermos petróleo e gás na Margem Equatorial, será preciso ver como escoar esse gás", observou. 

Logística

Os desafios de logística e infraestrutura da região foram foco de debate no painel 'Desafios e gargalos para a distribuição de derivados nos Estados da Amazônia'. O gerente geral de Operações Logísticas da Petrobras, Adriano Valentim, disse que a extensão territorial da região Amazônica exige flexibilidades logísticas e adequações de infraestrutura para o bom funcionamento do setor petrolífero, sem risco de desabastecimento para as comunidades. Os períodos de cheia e seca dos rios, afirmou, são sempre preocupantes. "Não é sustentável viver na emergência. Precisamos de ações estruturantes, dragagens de trechos de rios, recuperação da malha viária. As políticas públicas têm impacto na eficiência do setor", afirmou.

Para a diretora executiva de Downstream do IBP, Ana Mandelli, que mediou o painel, a logística para a exploração de petróleo na Amazônia desafia a engenharia. "Nos últimos dois anos, nós tivemos as secas mais severas da história e não deixamos nenhum consumidor para trás. O abastecimento de combustível em todos os Estados da Amazônia foi feito com a mesma segurança de sempre", lembrou Ana, destacando a capacidade de atendimento desta indústria.

Ana Mandelli enalteceu que o trabalho integrado com os governos, na área executiva e na leitura de dados que mostrem mais previsibilidade sobre as condições climáticas, tem garantido segurança no abastecimento. "O que a gente espera, para a frente, é que mudanças estruturais sejam feitas nessa região para que a gente reduza as dificuldades e os custos nos momentos de crise", disse.

A diretora de Downstream assinalou ainda que o apoio do poder público com ações que respondam às necessidades de infraestrutura precisa ser planejado e rápido. "Os recursos financeiros podem vir da iniciativa privada, que já mostrou que acredita no Brasil, no nosso desenvolvimento. A gente precisa que o governo seja célere na execução de ações estruturantes para que a gente consiga melhorar as condições de navegabilidade e rodoviária nessa região", concluiu.

 
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