Porto de Santos

Ciesp prepara programa para agendar chegada de cargas

<P>O Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) planeja organizar o fluxo logístico dos contêineres que irão embarcar no Porto de Santos (para exportação ou cabotagem) através de um sistema informatizado. A expectativa do órgão é concluir o programa em um mês e, já em um ano, ...

A Tribuna - SP
06/06/2007 00:00
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O Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) planeja organizar o fluxo logístico dos contêineres que irão embarcar no Porto de Santos (para exportação ou cabotagem) através de um sistema informatizado. A expectativa do órgão é concluir o programa em um mês e, já em um ano, melhorar a eficiência da cadeia logística dos contêineres no complexo.
 
A meta do Centro das Indústrias é que, a partir do controle das informações da cadeia de escoamento das mercadorias, desde a partida das fábricas até a chegada ao complexo, sejam reduzidos os congestionamentos nos acessos ao porto, agilizando as operações e diminuindo os prejuízos acumulados pelos associados do órgão.
 
Atualmente, a logística do transporte de contêineres é considerada a mais deficiente do complexo, inclusive por seus operadores, principalmente por ser difícil controlar a chegada dessas cargas e, assim, cadenciar sua entrega no cais.
 
Segundo o diretor do Departamento de Comércio Exterior do Ciesp, Ricardo Martins, o órgão pretende conscientizar os diversos segmentos industriais que usam contêineres para agendar a chegada do produto. A programação será feita a partir de um endereço eletrônico na internet, serviço que será desenvolvido por parceiros do órgão. ‘‘Às vezes, se espera 30 dias para a carga chegar no porto, mas não se sabe quando ela vai entrar no navio por diversos problemas, como as filas de caminhões. Com esse sistema queremos o contrário, que o navio chame a carga’’, explicou.

AGENDA - O programa, chamado provisoriamente de Otimização da Cadeia do Contêiner, irá funcionar como uma agenda on-line da carga. Ou seja, antes de mandar as mercadorias para as estradas, o exportador terá de checar se há vaga para o recebimento no terminal retroportuário escolhido. Quando a carga for confirmada nessa unidade, começará então o próximo procedimento, que será a liberação aduaneira e, consequentemente, a autorização para o direcionamento ao terminal portuário.
 
‘‘Tudo isso de forma cadenciada, com acompanhamento das transportadoras e dos despachantes aduaneiros. O sistema vai emitir um aviso se o dia não estiver propício ao envio da carga. Se tiver muita demanda, o dono do produto pode segurar ele um pouco mais. Se tiver livre, a carga pode seguir direto para o terminal’’, afirmou Martins.
 
Somente usuários cadastrados terão como checar a logística das cargas, alertou o diretor de Comércio Exterior do Ciesp. Para ele, a prática vai impedir que as informações do sistema sejam conhecidas por ‘‘pessoas erradas’’. ‘‘A primeira sugestão é que o acesso seja feito como no sistema Radar, da Receita Federal. Só quem tiver o certificado digital da Receita, que é a identidade da empresa, vai consegir saber o processo’’, propôs.

FISCALIZAÇÃO - Os órgãos públicos federais com interferência na liberação das mercadorias para o comércio exterior também terão acesso ao sistema. A idéia é que a fiscalização tenha início a partir da declaração das cargas no programa.
 
‘‘Não se trata de substituir os procedimentos oficiais. Queremos integrar a Anvisa e o Ministério da Agricultura, por exemplo. Eles podem adiantar uma investigação porque uma determinada carga pode precisar de análise. E o Serpro (Serviço de Processamento de Dados do Governo Federal, que responde pelos programas de fiscalização de cargas das alfândegas) poderá melhorar o projeto’’, disse Martins.
 
A principal aposta do Ciesp para o sucesso do produto é a não-obrigatoriedade de atos oficiais para ele funcionar. ‘‘Não precisa do governador, do presidente ou do prefeito assinar. Muito menos de verba ou fazer túneis ou estradas. Pelo contrário, vai ajudar muito para acabar com o gargalo da infra-estrutura’’, previu.
 
Martins pretende apresentar sua proposta ao Comitê de Logística do Porto de Santos, na reunião que o órgão portuário realizará no dia 3 do próximo mês.

Fonte: A Tribuna - SP

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