O Programa Progredir terá três novos bancos parceiros a partir de julho. Citibank, BicBanco e Banrisul se unirão ao Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Itaú, HSBC e Santander e poderão apresentar, via Portal Progredir, propostas de financiamento para fornecedores e subfornecedores da Petrobras e das subsidiárias participantes. O anúncio foi feito nesta terça-feira (5) pela presidente da Petrobras, Graça Foster.
Durante o evento, que marcou um ano de existência do programa, foi divulgado ainda que os novos contratos da Petrobras serão cadastrados automaticamente no portal do Progredir, agilizando os pedidos de financiamento. Outra medida que facilitará o fluxo de recursos é a flexibilização do percentual de crédito que o fornecedor da Petrobras poderá transferir para seus próprios fornecedores.
Lançado em junho de 2011, o Programa Progredir viabilizou, até a segunda-feira (4), R$ 2.331.813.269,34 em empréstimos. Foram realizadas 500 operações, envolvendo 275 empresas de 19 estados de todas as regiões do Brasil.
Após enviar o pedido pelo portal, o financiamento tem sido obtido pelo fornecedor, em média, em sete dias úteis. Nesse primeiro ano, 85% dos fornecedores que tentaram financiamento pelo Progredir obtiveram êxito. A redução média do custo financeiro tem sido de 20%, alcançando 50% em alguns casos.
Desde junho de 2011, o valor médio dos financiamentos realizados por meio do Programa Progredir é de R$ 4,7 milhões. Do total de financiamentos, 48% deles estão na faixa entre R$ 1 milhão e R$ 10 milhões.
Do total de recursos emprestados, 85% foram destinados para empresas localizadas na Região Sudeste, que também é responsável pelo maior número de financiamentos, 72%.
O Rio de Janeiro é o estado em que as empresas obtiveram o maior volume de recursos: R$ 774.368.324,21 em 185 operações. Na segunda colocação aparece Minas Gerais, que recebeu R$ 672.129.261,16 em 33 operações. Os dez estados com maior volume de recursos obtiveram, juntos, 90% do total disponibilizado pelos bancos até o momento.
Combustível será competitivo no Brasil
De acordo com Graça Foster, a queda da cotação do petróleo no mercado internacional está fazendo com que os preços dos combustíveis no Brasil retomem a competitividade internacional.
A redução do petróleo indica uma mudança na tendência do valor da commodity esperada pela Petrobras neste ano, em meio à crise global, e arrefeceu as pressões para um reajuste dos combustíveis no mercado brasileiro.
"A volatilidade é grande, mas com muito pouco a gente volta a ter aqui (no Brasil) combustíveis com paridade de preço internacional", disse a presidente da Petrobras.
A estatal sofreu, no balanço do primeiro trimestre, com a alta dos custos de importação de combustíveis combinada com a manutenção de preços no Brasil, que vinham sem reajuste na bomba há anos.
Acreditava-se em abril que o petróleo Brent se sustentaria em um nível perto de US$ 120 o barril até o final do ano, um novo patamar, segundo chegou a afirmar a presidente da estatal.
E isso levaria a um reajuste de preço dos combustíveis no Brasil ainda este ano, ela disse.
"Durante anos seguidos tivemos na Petrobras ganhos por conta dessa diferença entre o preço lá fora e o interno. Isso é razoável", afirmou.
