A Vale obteve a aprovação do Conselho de Defesa Nacional (CDN) para a aquisição das operações de minério de ferro da Rio Tinto, em Corumbá, no Mato Grosso do Sul.
Jornal do CommercioA Vale obteve a aprovação do Conselho de Defesa Nacional (CDN) para a aquisição das operações de minério de ferro da Rio Tinto, em Corumbá, no Mato Grosso do Sul.
Em janeiro, a mineradora brasileira havia celebrado com a australiana o contrato de compra e venda, mediante pagamento à vista, de ativos de minério de ferro e potássio. O valor a ser pago pelas operação de minério de ferro e também por ativos logísticos que incluem um porto fluvial e barcaças de transporte é de US$ 750 milhões. A aquisição dos ativos de potássio já foi concluída.
A conclusão da aquisição ainda depende de certas condições, que deverão ser cumpridas tanto pelos compradores quanto pelos vendedores.
As minas da Rio Tinto em Corumbá produziram 2 milhões de toneladas métricas de minério de ferro em 2008. Segundo nota divulgada pela Vale na sexta-feira, trata-se de "um ativo de classe mundial, com alto teor de ferro e rico em granulados de redução direta, tipo de minério de ferro de alto valor que está se tornando crescentemente escasso no mundo".
Os ativos de logística possibilitam ter 70% de autossuficiência no transporte de minério de ferro, escoado através do Rio Paraguai. A Vale destaca também as possibilidades de sinergia. "Corumbá está localizado próximo às nossas operações de minério de ferro e manganês em Urucum. Desse modo, existe potencial para exploração de várias sinergias, envolvendo maior flexibilidade dos ativos, redução de custos administrativos e de logística e racionalização do uso das reservas". LULA. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva revelou na sexta-feira que no último encontro que teve com o presidente da Vale, Roger Agnelli, semana pasada, em Brasília, disse ao empresário que a Vale poderia ter começado as obras de construção de siderúrgicas no Espírito Santo, Pará e Ceará, durante a crise.
"Eu disse para o companheiro Roger Agnelli que era para termos começado a construir essas siderúrgicas no auge da crise, para dar uma resposta a quem estava com medo", afirmou o presidente.
Ele disse que nessa mesma conversa pediu para Agnelli comprar navios de transporte de minério na indústria naval brasileira que, segundo o presidente, está voltando a crescer.
"Ele (Agnelli) disse para mim que a indústria naval brasileira não podia fabricar navios e agora conversei com companheiros (do estaleiro) da Atlântico Sul e eles disseram que já estão preparados", disse o presidente.
Segundo Lula, já na próxima semana ele vai se reunir com a Atlântico Sul, Agnelli e a indústria naval para saber se é possível atender a demanda da Vale.
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