Economia

Consumo de produtos químicos de uso industrial cai 7,9% no primeiro semestre de 2018

Redação/Assessoria
31/07/2018 16:16
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O consumo aparente nacional (CAN), que mede a produção mais importação menos exportação, dos produtos químicos de uso industrial recuou 7,9% no primeiro semestre, sobre igual período do ano passado, segundo informações preliminares da Associação Brasileira da Indústria Química – Abiquim. O resultado reflete o desempenho ruim de diversas cadeias industriais atendidas pela química

A queda na demanda se deve ao arrefecimento da atividade econômica, notadamente a partir de março, em relação ao final do ano passado, mas sobretudo pelos impactos adversos da paralisação dos caminhoneiros, entre maio e junho, sobre a atividade do setor e da economia como um todo. "Os índices do segundo trimestre do ano ficaram muito aquém do que se previa inicialmente. Todos os componentes que integram o cálculo do CAN tiveram recuos, em volume, no período: índice de produção -4,74%, importações -19,3% e exportações -23,2%", explica a diretora de Economia e Estatística da Abiquim, Fátima Giovanna Coviello Ferreira.

Pela natureza dos produtos químicos, alguns altamente perigosos, e pela produção em processo contínuo, há limite estreito para o armazenamento de produtos. "Por essa razão e por não ter como escoar produtos no período de paralisação dos caminhoneiros, muitas empresas tiveram que adotar planos de contingência em relação à produção. Estimativas apontam que o faturamento do setor pode ter ultrapassado os 50% de recuo em relação a um período 'normal' de vendas", completa Fátima. Como resultado o nível médio de utilização da capacidade instalada ficou em 75%, dois pontos percentuais abaixo do que havia sido registrado em igual período do ano passado.

No acumulado do 1º semestre de 2018, o índice de preços subiu 18,56%, tendo sido registradas seis altas mensais consecutivas entre janeiro e junho, reflexo das flutuações do mercado internacional. A alta de preços dos produtos químicos no mercado internacional foi puxada pelo petróleo (+37,3% de janeiro a junho, no que se refere ao barril do óleo Brent) e pela nafta petroquímica (+25,6% de janeiro a junho). Ademais, com reflexos sobre a atividade química, destaca-se também a valorização do dólar no mundo e, em particular, no Brasil, em relação ao Real, +16,6% nos primeiros seis meses do ano.

Após um período de 27 meses consecutivos de resultados positivos, o índice de produção inverteu o sinal em março, passando a apresentar recuo de 0,84% de julho de 2017 a junho de 2018, em relação aos 12 meses imediatamente anteriores. A variável do índice de vendas internas teve alta de 1,03% nos últimos 12 meses findos em junho. Após resultados positivos entre 2014 e 2016, a parcela da produção local destinada ao mercado externo, vem exibindo recuos desde dezembro do ano passado. Nos últimos 12 meses, as vendas externas caíram 12% sobre igual período anterior. No que se refere às importações, também houve redução em volume, de -4,4%, sobretudo pelo recuo das compras dos intermediários para fertilizantes.

"Como resultado dos problemas recentes na produção e da queda da importação, além do menor ritmo da atividade econômica, o CAN diminuiu o ritmo, passando a demonstrar recuo de 2,2% nos últimos 12 meses, contra 6% de crescimento durante todo o ano passado", conclui Fátima.

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