Offshore

Criada há 10 anos, Starfish retoma exploração no mar

Gazeta Mercantil
09/03/2009 07:11
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A Starfish, empresa de petróleo criada há 10 anos por cinco ex- funcionários da Petrobras, prepara-se para sua terceira chamada privada de capital, ao mesmo tempo em que retorna ao seu local de origem, a exploração no mar (offshore), depois de anos concentrada em blocos terrestres. Para a campanha offshore, a empresa vai lançar nas próximas semanas licitação de uma sonda de perfuração que servirá também como um teste para conferir se os preços dos equipamentos estão acompanhando a queda do preço petróleo.

 


“A gente está esperando ansiosamente, mas não tem notado nenhuma baixa expressiva de preços no mercado. Tem tido maior oferta, antigamente não havia nem oferta, mas só vamos ver se refletiu no preço na próxima licitação”, explicou o presidente da companhia, Rafael Dória Neto, um dos atuais 80 sócios da empresa.

 

Para explorar e desenvolver as descobertas já feitas pela empresa, a Starfish vai lançar sua terceira chamada de capital, limitada aos seus sócios. Se os recursos arrecadados não forem suficientes, a empresa poderá fazer uma oferta ao mercado, mas ainda fora da bolsa de valores, movimento que só deve ocorrer quando a turbulência global passar. “Não é hora de abrir capital, chegamos a pensar nisso e faz parte dos nossos planos futuros”, revelou.

 

No ano passado, uma chamada de capital no valor de US$ 25 milhões garantiu a compra de uma sonda terrestre. O equipamento é terceirizado quando não trabalha para a Stafish e, no momento, faz perfurações para a Odebrecht.

 

Para este ano, Dória Neto prevê uma capitalização ainda maior, “mas os valores ainda serão definidos pelo Conselho de Administração”, informou.

 

Novos blocos A volta da Starfish para a exploração em mar - quando foi criada possuía três blocos offshore (Coral, Estrela do Mar e Cavalo-Marinho), que já foram vendidos - será feita em parceria com a Petrobras e a africana Sonangol. A empresa hoje tem participação em quatro blocos, sendo operadora em dois deles. “Temos expectativa muito boa em relação a esses blocos. Na verdade, estamos fazendo sísmica ainda, até o final deste ano a interpretação estará pronta”, disse o diretor-executivo Kazumi Miura, sócio-fundador da empresa. A previsão é de que a perfuração seja iniciada em 2010.

 

Dois daqueles blocos estão localizados na bacia de Santos, “mas bem longe do pré-sal”, e serão operados pela Petrobras. Dois outros pertencem apenas à Starfish (70%) e à Sonangol (30%). Nesses blocos, a Starfish pretende fazer um “farm out” de uma fatia de 40% da sua participação. “Existem vários interessados e o custo de exploração é muito alto para a gente fazer sozinho”, explicou.

 

Descobertas em terra

 

A companhia já fez sete descobertas em terra, sendo a mais importante a do campo de Guanambi, na Bahia, em 2007 e que produz cerca de 200 barris diários. A previsão é atingir 2.500 b/d em 2011. A Starfish terá 20% desse total. “Chegamos a ter, em termos de atividade terrestre, 21 blocos, hoje são 17 concessões em exploração e uma em produção, que é de Guanambi”, afirmou. As vendas de blocos, segundo Dória Neto, foram motivadas pelo alto custo da indústria, que se tudo der certo terá valores mais amenos nas próximas licitações da companhia.

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