Tribuna de Santos
Os deputados estaduais da Baixada Santista apoiaram a iniciativa do prefeito de Cubatão, Clermont Castor, em organizar uma campanha regional para atrair investimentos à região. O alvo são indústrias navais, com planos para se instalar em algum ponto do Brasil.
Para o deputado estadual Fausto Figueira (PT), a possibilidade de um estaleiro no estuário santista, provavelmente em Cubatão, está ligada aos atrativos que a administração pública poderá oferecer aos investidores. Segundo Figueira, a relação estreita entre os parlamentares e as esferas governamentais resultará no mérito das negociações. É muito importante a integração regional, independentemente desse apelo do prefeito Clermont. Eu e a deputada (federal) Mariângela Duarte tivemos reuniões com o secretário (estadual de Ciência e Tecnologia João Carlos de Souza) Meirelles, com o presidente da Cosipa (Omar Silva Júnior), para a cessão da área. Eu também vou procurar pessoalmente o Clermont.
Na visão da deputada estadual Maria Lúcia Prandi (PT), a reunião de lideranças para a concretização de investimentos na região é fundamental. É importante que os prefeitos façam esses apelos e nós estejamos juntos para buscar soluções.
De acordo com o deputado estadual Marcelo Bueno (PTB), a viabilidade do estaleiro não está diretamente ligada à licitação pública para a contratação de fabricantes de navios da Transpetro (subsidiária da Petrobras), concorrência considerada essencial para alavancar o mercado naval brasileiro. Bueno defende que a região explore a construção de outro tipo de embarcações.
Para o parlamentar, a participação na concorrência de empresas interessadas em investir na Baixada Santista não deve ser considerada essencial. Hoje a Petrobras está bem. Mas se isso mudar? Não podemos ficar limitados à Petrobras.
O prefeito de Santos, João Paulo Tavares Papa (PMDB) definiu a responsabilidade da efetivação do estaleiro como de ordem empresarial. Em um investimento desta dimensão, os grupos empresariais envolvidos tomam uma decisão com base em retorno. Para ele, é preciso ter ações pró-ativas para concorrer com outras regiões. As cidades hoje têm de estar abertas para discutir legislação, condições para serem atrativas para novos negócios.
Fale Conosco
21