PD&I

É preciso buscar parcerias para investir em inovação, especialmente na crise

Redação/Assessoria Fapesp
06/06/2018 08:13
Visualizações: 1239

O Estado de São Paulo conta com os três ingredientes necessários para a inovação: centros de pesquisa, universidades e empresas dispostas a investir. Essa é a avaliação do diretor científico da FAPESP, Carlos Henrique de Brito Cruz, que proferiu palestra no dia 24/05 na Hospitalar, considerada o principal evento da cadeia da saúde das Américas.

“Em momentos de crise, como o que estamos vivendo agora, é por meio de parcerias que conseguimos multiplicar os recursos para a pesquisa em ciência, tecnologia e inovação. Não é por acaso que a nossa joia da coroa na FAPESP seja o programa de Centros de Pesquisa em Engenharia”, disse Brito Cruz.

Ao mesmo tempo que possibilitam o avanço científico, os Centros de Pesquisa em Engenharia (CPE) permitem multiplicar recursos. Isso porque, de modo geral, nesses projetos a divisão de recursos é feita da seguinte maneira: a FAPESP entra com uma parte, a empresa parceira com outra parte e as universidades com duas partes, sendo que para as universidades esses recursos já são destinados para sua própria atividade.

“O programa começou em 2014 e mesmo em um período de crise conseguimos criar novos Centros de Pesquisa. Com parcerias, conseguimos transformar cada R$ 1 investido em R$ 4. É interessante para todos”, disse.

Por um período de até 10 anos, os recursos investidos nos Centros de Pesquisa em Engenharia são divididos entre a FAPESP, a empresa ou consórcio de empresas e as universidades e institutos participantes.

O programa tem como objetivo desafios de pesquisa de médio e longo prazos com alto impacto científico e tecnológico. A FAPESP apoia Centros de Pesquisa em Engenharia em parceria com as empresas GSK, com sedes na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e no Instituto Butantan; dois com a Shell, um instalado na Escola Politécnica da USP, e outro com sedes na Unicamp, USP e no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen); com a Peugeot Citroën, na Unicamp; e mais um com a Natura, na USP.

Estão em vias de serem constituídos outros centros em parceria com: Embrapa, em mudanças climáticas; Statoil, em gerenciamento de reservatórios e produção de petróleo e gás; Usina São Martinho, em medidas sustentáveis para o controle de doenças que afetam a cana-de-açúcar; Koppert, em controle biológico de pragas.

PIPE

Brito Cruz também mencionou o Programa FAPESP Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE), voltado a projetos com pequenas empresas. “Esse programa é voltado para pequenas empresas, ou até startups formadas por uma pessoa só, que querem transformar uma ideia em um produto ou processo que vai beneficiar as pessoas”, disse Brito Cruz.

O PIPE financia projetos de até R$ 200 mil na fase 1, de realização de pesquisas sobre a viabilidade técnica da pesquisa proposta. E financia projetos de até R$ 1 milhão, com duração de até dois anos, na fase 2, que se destina ao desenvolvimento da proposta de pesquisa propriamente dita.

“Em 2017, foram aprovadas 254 novas propostas submetidas por startups, pequenas e médias empresas, em um valor total de R$ 84,2 milhões”, disse Brito Cruz.

Para exemplificar a força econômica da inovação amparada nas universidades, Brito Cruz mostrou os resultados da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

“Todos os anos a Unicamp apresenta um relatório sobre empresas criadas por seu alunos e professores. Até 2017 havia 485 empresas que mantiveram 29 mil empregos e faturaram R$ 3 bilhões – montante maior que o orçamento da própria Unicamp”, disse.

O diretor científico da FAPESP também apresentou dados que mostram a situação peculiar do Estado de São Paulo, em que há uma tradição das empresas de investirem em ciência e tecnologia.

“Normalmente, pensa-se que a participação das empresas em financiamento de pesquisa é baixa, mas isso não é verdade. Aqui no Estado de São Paulo, em 2015, 57,2% do montante total de R$ 27,5 bilhões aplicados em pesquisa e desenvolvimento vem das empresas”, disse.

O governo estadual responde por 22,7%, o federal, por 17,7% e Instituições de Ensino Superior Particulares respondem por 2,4%.

 

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Royalties
Valores referentes à produção de outubro para contratos ...
24/12/25
PD&I
ANP aprimora documentos relativos a investimentos da Clá...
23/12/25
CBios
RenovaBio: prazo para aposentadoria de CBIOS por distrib...
23/12/25
GNV
Sindirepa aguarda redução no preço do GNV para o início ...
23/12/25
Apoio Offshore
OceanPact firma contrato de cerca de meio bilhão de reai...
23/12/25
Sergipe
Governo de Sergipe e Petrobras debatem infraestrutura e ...
23/12/25
Drilling
Foresea é eleita a melhor operadora de sondas pela 4ª ve...
22/12/25
Certificação
MODEC celebra 10 anos da certificação de SPIE
22/12/25
Pré-Sal
ANP autoriza início das operações do FPSO P-78 no campo ...
22/12/25
IBP
Congresso Nacional fortalece papel da ANP
22/12/25
E&P
Investimento para o desenvolvimento do projeto Sergipe Á...
19/12/25
Bahia Oil & Gas Energy
Bahia Oil & Gas Energy abre inscrições para atividades t...
19/12/25
PPSA
Produção em regime de partilha ultrapassa 1,5 milhão de ...
19/12/25
Petroquímica
Petrobras assina novos contratos de longo prazo com a Br...
19/12/25
Energia Eólica
ENGIE inicia operação comercial total do Conjunto Eólico...
18/12/25
Parceria
Energia renovável no Brasil: Petrobras e Lightsource bp ...
18/12/25
Biorrefinaria
Inpasa anuncia nova biorrefinaria em Rondonópolis (MT) e...
18/12/25
iBEM26
Startup Day vai mostrar tendências e inovações do setor ...
17/12/25
PD&I
Rio ganha novo Centro de Referência em Tecnologia da Inf...
17/12/25
Etanol de milho
Produção de etanol de milho cresce, mas disputa por biom...
17/12/25
Gás Natural
Produção de gás natural bate recorde no Brasil, e consum...
17/12/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.