<P> A navegação de cabotagem precisa de uma legislação que permita a abertura desse mercado para embarcações de bandeiras estrangeiras. A observação é do economista Sander Lacerda, do Departamento do Transportes e Logística do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social ...
Clarimundo Flôres A navegação de cabotagem precisa de uma legislação que permita a abertura desse mercado para embarcações de bandeiras estrangeiras. A observação é do economista Sander Lacerda, do Departamento do Transportes e Logística do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que participou, nesta quarta-feira (10/05), do evento Portos Brasil 2006, que acontece até amanhã (11/05), no Rio de Janeiro.
- A legislação do setor, que só permite a navios de bandeira brasileira realizar o transporte de cargas entre os portos nacionais, é um entrave ao crescimento. É preciso que haja uma abertura desse mercado à concorrência internacional - disse Lacerda.
Ele acrescentou que a cabotagem de contêineres tem crescido nos últimos anos, mas ainda é muito reduzida frente às possibilidades que existem.
- Os estaleiros nacionais não têm produzido navios para a cabotagem de contêineres porque estão voltados principalmente para embarcações ligadas a atividades petrolíferas. Suprir os rigores da competição seria fundamental para a redução dos fretes e aumento da freqüência do serviço no país - alertou.
O economista acredita que o fortalecimento da navegação de cabotagem pode favorecer o desenvolvimento industrial das regiões Norte e Nordeste. Segundo ele, os altos custos dos transportes dificultam a instalação de empresas nestas localidades.
- A falta de investimento neste setor invibiliza a instalação de empresas do Sul e Sudeste nos portos do Nordeste - disse.
Lacerca observou que a matriz de transportes brasileira é muito desequilibrada e, por isso, as empresas teriam que utilizar as rodovias para escoar seus produtos.
- Dadas as distâncias, os custos de transporte tornam as atividades praticamente inviáveis. Com desenvolvimento do setor, muitas empresas teriam interesse em se fixar nas regiões Norte e Nordeste, que têm abundância de terra a preços atrativos e mão-de-obra barata - acrescentou.
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