Pesquisa

Empresários veem avanços no desempenho da Aneel

Pesquisa da Amcham realizada junto aos agentes regulados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em 2009 mostra evolução na atuação do órgão em relação à defesa de um ambiente regulatório estável e promotor de investimentos. A avaliação da maioria dos respondentes (86%) no que

Redação
24/08/2010 14:40
Visualizações: 790
Pesquisa da Amcham realizada junto aos agentes regulados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em 2009 mostra evolução na atuação do órgão em relação à defesa de um ambiente regulatório estável e promotor de investimentos. A avaliação da maioria dos respondentes (86%) no que toca a esse aspecto se mostra essencialmente positiva: para 36,36% é regular (contra 53,33% em 2008); para 43,18% é boa (versus 35,56% em 2008); e para 6,83% é ótima (em comparação com 4,44% no ano passado).


Com respeito às ações de fiscalização da Aneel, a percepção favorável do empresariado apresentou pequena queda frente a 2008: foram 86% os que disseram ver esses esforços como bons ou regulares, ao passo que no ano passado essa fatia era de 91%. Nenhum dos consultados atribuiu uma nota ótima a esse trabalho.


Desde 2003, a Amcham faz estudos relativos à Aneel. Nesta última edição, uma nova pergunta mostra que, segundo 73,33% dos entrevistados, a agência tem cumprido frequentemente a função para a qual foi criada de maneira satisfatória.
 
“O que percebemos é que a Aneel tem evoluído e, embora a regulação no Brasil seja recente, tem sido lapidada com a ajuda do setor privado através de audiências públicas e outras contribuições. É um aprendizado para todos, reguladores e regulados, e o desenho de um novo modelo institucional com participação cada vez mais expressiva do empresariado”, destaca Virginia Parente, coordenadora da força tarefa de Aneel da Amcham e responsável por coordenar a sondagem.


Em relação à clareza das normas emitidas, a análise do empresariado continuou favorável ao longo de 2009. Neste quesito, 88,37% disseram que a agência age de maneira regular a ótima, sendo que a maior parte das respostas se concentrou na conceituação mais elevada (parcela de 48,84% avaliou a atuação como boa ou ótima). No ano anterior, 91% deram notas regular e boa, mas não houve menção à ótima.


O estudo mostra também que, para 84,09% dos consultados, o grau de eficácia da Aneel ao coibir atos prejudiciais ao mercado mediante fixação de penalidades varia de médio a alto, representando uma ligeira queda em relação a 2008 (86,96%).


Desafios


O levantamento da Amcham apontou aspectos negativos a serem superados pela Aneel. O principal deles é que aumentou a interferência do governo nas decisões de regulação e fiscalização da agência: 63,64% dos ouvidos constatam que o nível de abordagem dos ministérios é alto ou máximo, contra 43,48% em 2008.


Também houve, na visão do empresariado, ampliação da ação do Tribunal de Contas da União (TCU) nas atividades da agência. Para 39,54%, o grau de ingerência é alto ou máximo, sendo que no ano anterior 33,33% informaram ser alto, sem que houvesse citação para máximo.


Para esta edição do estudo, a Amcham ouviu 50 agentes regulados entre os meses de setembro e outubro de 2009.


“A pesquisa mostra que existe no setor privado a percepção da influência do governo na regulação, mas ele é apenas um dos agentes. Em suma, essa impressão pode estar associada à escolha dos dirigentes da agência, que muitas vezes vêm do próprio setor público. A Aneel deveria trabalhar na desvinculação dessa imagem, investindo em direções mais plurais, com a presença de gestores que representem todos os participantes do setor, incluindo consumidores e investidores”. explica Virginia Parente.


Questões relevantes


Alguns temas proeminentes ligados ao setor da energia no Brasil ao longo de 2009 foram contemplados na pesquisa. O empresariado foi questionado sobre a contribuição da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre tarifas de distribuição para o ambiente regulatório, considerada por 45,45% como negativa e por 29, 55% como positiva.


A maior parte dos entrevistados avalia que a indefinição sobre a nova prorrogação ou não das concessões com vencimento em torno de 2015 é muito prejudicial (60,47%) ou prejudicial (32,56%) ao ambiente regulatório e aos investimentos.
Mais Lidas De Hoje
veja Também
OTC Brasil 2025
ONIP e Firjan promovem reunião com a Transpetro
30/10/25
OTC Brasil 2025
OTC Brasil 2025 destaca alto potencial energético do paí...
30/10/25
OTC Brasil 2025
Porto do Açu e SISTAC assinam acordo para fornecer servi...
29/10/25
Royalties
Valores referentes à produção de agosto para contratos d...
29/10/25
OTC Brasil 2025
iUP Innovation Connections conecta estratégia de inovaçã...
29/10/25
ANP
Oferta Permanente de Partilha: inscritas podem declarar ...
29/10/25
OTC Brasil 2025
Firjan oferece soluções de tecnologia e de inovação para...
29/10/25
OTC Brasil 2025
Exploração de O&G é chave para o desenvolvimento social ...
28/10/25
OTC Brasil 2025
Especialistas alertam que instabilidade regulatória amea...
28/10/25
Pré-Sal
Petrobras informa sobre recorde de produção do FPSO Almi...
28/10/25
OTC Brasil 2025
Petrobras participa da OTC Brasil 2025, no Rio de Janeiro
27/10/25
OTC Brasil 2025
Infotec Brasil chega à OTC Brasil 2025 com foco em gente...
27/10/25
OTC Brasil 2025
Evento reúne lideranças globais da indústria offshore e ...
27/10/25
Brandend Content
OTC Brasil 2025: o ponto de encontro global da indústria...
27/10/25
Brandend Content
Intercabos® celebra 25 anos de excelência e inovação no ...
27/10/25
Etanol
Anidro sobe 1,07%, e hidratado avança 0,59%
27/10/25
OTC Brasil 2025
WPower Meeting celebra mais uma edição repleta de charme...
27/10/25
OTC Brasil 2025
Evento exclusivo reúne grandes empresas, startups e líde...
24/10/25
OTC Brasil 2025
PRIO compartilha estratégias de negócio para campos madu...
24/10/25
OTC Brasil 2025
BRAVA Energia marca presença na OTC Brasil 2025, com des...
24/10/25
OTC Brasil 2025
OTC Brasil 2025 abre com foco em transição energética, i...
24/10/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.