Sindigás

Encontro reúne jornalistas para discutir o GLP

O Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Petróleo (Sindigás) realizou na manhã desta quarta-feira (14), em sua sede, um café da manhã com jornalistas, para tratar do tema Gás LP. O encontro reuniu, além do presidente Bandeira de Mello, diretores da Repsol, SHV e Liquegás.


14/05/2008 18:23
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O Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Petróleo (Sindigás) realizou na manhã desta quarta-feira (14), em sua sede, um café da manhã com jornalistas, para tratar do tema Gás LP. O encontro reuniu, além do presidente Bandeira de Mello, diretores da Repsol, SHV e Liquegás.

 

Bandeira Mello iniciou o encontro divulgando o lançamento da terceira "Cartilha de Gás LP - Perguntas Frequentes", que dessa vez aborda novos usos para o produto, como em chuveiros elétricos, agronegócios, indústrias cerâmica, siderúrgica, papel e celulose, automotiva, usinas de asfalto etc, e que tem como principais objetivos eliminar as dúvidas encontradas pela grande maioria mediante esse assunto e atinjir todas as expectativas da mesma até 2015.

 

O presidente fez um panorama do gás LP no Brasil, expondo o histórico reduzido do mesmo e o cenário atual no Brasil com grandes números como, 21 distribuidoras autorizadas pela ANP, 16 grupos econômicos, grande atratividade e elevado grau de competição no setor, 300.000 empregos diretos e indiretos muito enfatizado por ele e a previsão de auto-suficiência de gás LP, juntamente com o maior potencial de crescimento na atualidade do segmento granel.

 

Projeções de aumento na oferta, propostas legislativas pelo fim das restrições e revisões da tributação, vitórias no judiciário de normas da ANP e as campanhas de combate à revenda clandestina, são algumas das forças que compõe o favorecimento do gás. Entretanto, segundo o Sindigás ainda existem muitas forças contra, como negação da abundância de oferta, violação do direito da marca, a manutenção de uma imagem antiquada, passividade do poder público com a informalidade e as propostas legislativas estaduais e municipais.

 

Mello apresentou os aumentos do gás LP em 2008, 27% de aumento nos preços sem impostos somente neste ano até 1 de abril e 73% de vendas de botijões. "A diferença de preço está chegando a um limite inaceitável, sendo muito difícil trabalhar assim, não sei até quando a Petrobras sustentará essa diferença", declarou o presidente.

 

Além disso, informou que ainda não definiu se entrará na Justiça contra a lei estadual fluminense sancionada em abril que determina a comercialização de botijões de 5 quilos e 8 quilos no estado em até 365 dias. "Vamos procurar o Estado em busca de uma solução amigável. Por que definir o volume do botijão em cinco e oito quilos e não em sete ou em 6,5", afirmou Mello.

 

Finalizando, levantou a questão do gás natural sintético, junto com o diretor da Repsol Brasil, Marcos Capdepout, como solução para situações de crise no fornecimento de gás natural. Apesar de possuir uma estrutura de armazenamento maior que o de LP, o gás sintético já é usado em Manaus, RJ e SP e em outros países considera-se uma prática comum. "Na verdade, o nível de consultas do gás sintético é maior que o das próprias instalações ainda", disse Mello.

 

Vinte milhões de dólares são investidos pela Repsol no Brasil, segundo Marcos Capdepout. A empresa que já atua no RJ, SP e MG está motivada com o novo negócio (LP) e tem planos de continuar no Brasil, seu mercado mais recente. A petroleira espanhola detêm 1% do mercado de granel e pretende ampliar 2% do mercado total em 4 ou 5 anos.

 

Quanto à Liquigás BR, empresa distribuidora de Gás Liqüefeito de Petróleo (GLP) controlada pela Petrobras, segundo o diretor de GLP Envasado da Liquigás, Paolo Ditta, a empresa já comprou 30 mil botijões, a um custo de R$ 2 milhões, para iniciar o projeto experimental, pois pretende iniciar em 60 dias a comercialização de botijões de 8 quilos em São Paulo e no Mato Grosso. Segundo ele, o preço do produto vai ficar entre R$ 22 e R$ 25, contra R$ 35 do atual botijão de 13 quilos. Apesar do preço relativo maior, Ditta acredita no sucesso do produto.

 

"Vamos testar a aceitação do público. O objetivo da ação é oferecer um produto com o tíquete médio menor, para faixas em que faz sentido economizar a diferença ", alertou o diretor.

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