Agência UDOP
A Energias do Brasil será sócia da EDP-Renováveis, quarta maior geradora eólica do mundo, nos projetos da empresa na América do Sul, informou o diretor financeiro da EDP, que controla as empresas, Nuno Alves.
Em entrevista durante o Reuters Latin America Investment Summit, Alves afirmou que a Energias do Brasil terá 45 por cento dos projetos da EDP-Renováveis na América do Sul, e que o objetivo são parques eólicos principalmente no Brasil.
A idéia é investir para ter 500 megawatts de energia eólica em cinco anos.
"Já temos estudos em alguns parques eólicos e queremos participar ativamente da geração eólica no país", afirmou Alves.
"Estamos concorrendo para alguns parques, por isso não podemos dizer onde nos instalaremos", complementou, descartando a compra de parques eólicos já existentes no Brasil ou em outros países da região.
Ele lembrou que, além da energia produzida por vento, a empresa tem vários projetos em andamento, como a térmica a carvão que fará "meio a meio" com a MPX, empresa de energia do empresário Eike Batista, com capacidade para 360 megawatts, com planos de aumentar a capacidade em mais 360 megawatts no futuro.
"Temos vários programas sendo estudados, um é o aumento da capacidade dessa central a carvão em Pernambuco com a MPX, para mais 180 MW para nós e mais 180 MW para a MPX", informou.
Outros projetos de energia hídrica também estão sendo avaliados, como 24 pequenas hidrelétricas totalizando 500 megawatts e mais 1.400 megawatts em centrais um pouco maiores.
Sobre a participação nos leilões de energia para grandes projetos do Brasil, como o do rio Madeira, e a frustrada tentativa de privatização da Companhia Energética de São Paulo, para o qual se pré-qualificou, Alves é menos otimista.
"Não iremos sozinhos na Cesp, é demasiado grande. Poderíamos equacionar se algum player grande, conjuntamente conosco, quisesse estudar o assunto", afirmou Alves.
Também descartou a participação no leilão da hidrelétrica de Jirau, no Rio Madeira, de mais de 3 mil megawatts, previsto para maio, alegando também ser o porte do projeto muito grande para a companhia.
Mas os planos da EDP são de aumentar a presença na geração do Brasil para atingir 4 mil megawatts nos próximos anos.
"Hoje em dia temos pouco mais de 1.000 megawatts, temos 360 megawatts já decididos (usina com MPX) para avançarmos, e temos projetos de 4 mil megawatts a serem estudados. Isso demonstra a intenção da Energias do Brasil investir no Brasil, havendo condições", declarou.
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