Os estaleiros poderão fazer parte do fundo de investimentos que a Petrobras pretende gestionar para a construção de um dique-seco no país, admite o secretário de fomento do Ministério dos Transportes, Sérgio Bacci.
Os estaleiros poderão fazer parte do fundo de investimentos que a Petrobras pretende gestionar para a construção de um dique-seco no país. O secretário de fomento do Ministério dos Transportes, Sérgio Bacci, admite que esta alternativa foi discutida na reunião realizada nesta sexta-feira (23_09), da qual participaram, além do secretário, o diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque; representantes do Sindicato Nacional da Indústria da Construção Naval (Sinaval), representantes de estaleiros e técnicos da Petrobras.
Bacci ressalta, no entanto, que a reunião de sexta-feira serviu mais para abrir o diálogo do que para apresentar soluções. Um outro encontro está marcado para o dia 7 de outubro, quando o Sinaval deverá apresentar alguma proposta. O secretário acredita que será possível encontrar uma solução que atenda tanto à Petrobras, quanto aos estaleiros.
Na avaliação de Bacci, o impasse é o de sempre: "a Petrobras precisa de construir plataformas e, portanto precisa do dique-seco, mas nenhum estaleiro quer investir US$ 80 milhões para construir o dique enquanto não tiver certeza da demanda. Por outro lado, a Petrobras precisa contratar por licitação, então não pode garantir a demanda para nenhum grupo".
O secretário ressaltou, ainda, que o diretor de Serviços da estatal, Renato Duque, deixou claro que a Petrobras não tem nenhum interesse em competir com os estaleiros, que este setor não é o negócio principal da empresa, mas lembra que a empresa tem demanda para construção de duas plataformas no Brasil rapidamente. "A empresa quer construir no Brasil, gerar empregos aqui e precisa do dique", resume.
Outro aspecto considerado positivo na reunião, segundo Bacci, foi oficializar a informação de que há perspectiva da construção de novos estaleiros que poderão construir os diques nas dimensões necessárias à Petrobras: o do grupo Camargo Corrêa, do Aker Promar e do estaleiro Rio Grande, além do estaleiro Mauá Jurong, que pretende construir seu dique-seco no município capixaba de Aracruz.
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