Redação TN Petróleo/Assessoria
Alunos do primeiro curso da Bahia de Engenharia de Energias, da Universidade Federal do Recôncavo, campus de Feira de Santana, adaptaram uma Kombi, colocando uma placa fotovoltaica no teto para garantir energia renovável que alimenta uma geladeira, um fogão e uma pia.
A Kombi Home ficou estacionada no Centro de Convenções de Salvador durante o International Brazil Energy Meeting (iBEM25), evento realizado entre os dias 25 e 27 de março e que promoveu a integração das diversas formas de energia.
Segundo o professor Roberto Câmara, do curso de Engenharia de Energias, a Kombi foi um projeto de um aluno já formado e que foi implementado por estudantes da graduação. “É uma forma prática de mostrar aos estudantes uma solução simples de aproveitamento da luz do sol para gerar energia”, disse o professor.
De acordo com o professor Luciano Hocevar, os primeiros cursos desse tipo começaram há cerca de 20 anos no Rio Grande do Sul, como uma forma de incentivo à produção de energias renováveis.
O curso da UFRB, que funciona no Centro de Ciência e Tecnologia em Energia e Sustentabilidade (CETENS), existe desde 2016 e já possui diversos profissionais formados e registrados no Crea. “Trabalhamos a energia no seu sentido mais amplo, o que inclui as fósseis, a solar, a eólica, a biomassa e todas as outras”.
O professor destaca ainda que o mercado de trabalho é amplo, com o aluno podendo seguir a carreira acadêmica, empreender ou trabalhar como empregado. “Temos alguns ex-alunos que, por exemplo, abriram empresa para instalação de painéis solares”, diz Hocevar.
O professor Roberto Câmara lembra que semestralmente eles visitam o parque eólico de Caetité para mostrar aos alunos como funciona esse tipo de equipamento.
Sobre a infraestrutura do curso, ele ressalta que tem um laboratório novo de eletro-eletrônica, outro de energia e uma mini usina solar, além da instalação, em breve, de uma usina eólica.
Mas o professor Hocevar lembra que as empresas de energia devem, por lei, investir parte de seu faturamento em pesquisas para o setor e que a Universidade está disponível para ampliar e melhorar seus laboratórios.
O estudante Henrique Lima, 21 anos, que está no sexto semestre, já sabe o que quer fazer quando se formar: trabalhar com energia eólica. Ele visitou o parque de Caetité e ficou decidido a trabalhar nessa área. “O curso é transversal e não envolve apenas eletricidade, mas também outras formas de energia, como biocombustível, por exemplo”.
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