Com cinco anos de duração, a segunda fase da parceria conta com quatro linhas de pesquisa.
Redação TN Petróleo/AssessoriaUm evento realizado no último dia 6 de março, na Faculdade de Engenharia Mecânica da Unicamp, em Campinas (SP), marcou o kickoff da fase 2 da parceria EPIC-Equinor. Com o objetivo de aprimorar a produção de petróleo, além de diminuir as emissões de carbono da atividade, a nova fase dos projetos de pesquisa e desenvolvimento (P&D) do Centro de Inovação em Produção de Energia (EPIC), em parceria com a Equinor, contará com quatro linhas de pesquisa, 14 sub-projetos e envolverá cerca de 100 pesquisadores.
"São projetos com grande potencial, e iremos trabalhar juntos para alavancá-los", destacou Murilo de Medeiros, coordenador executivo do projeto na Equinor, durante o evento. O executivo também destacou, em sua apresentação, que uma das expectativas da empresa é obter resultados de alta qualidade com os estudos, que possam ser assimilados pela Equinor. Isso requer documentação detalhada dos novos modelos, métodos e fluxos de trabalho. Segurança, ética e compliance, rigor na entrega de relatórios financeiros e técnicos também foram listados como prioritários.
Segundo o diretor científico do EPIC, Denis Schiozer (foto), os projetos são focados no pré-sal e, de forma geral, pretendem tornar a produção de petróleo mais eficiente, com o objetivo de diminuir a pegada de carbono do processo. Eles serão desenvolvidos ao longo de cinco anos, dando continuidade aos da fase 1, realizada entre 2019 e 2023, cujos entregáveis estão sendo hoje trabalhados pela empresa – muito deles em TRL4 (Nível de Maturidade Tecnológica com o resultado pronto para ser utilizado).
Ao longo do evento, os coordenadores das quatro linhas de pesquisa apresentaram o escopo dos projetos, suas equipes, prazos de execução e principais objetivos. Schiozer, coordenador da linha 1, afirmou que o principal objetivo do seu grupo é apoiar e melhorar a tomada de decisões no desenvolvimento e gerenciamento dos reservatórios. Marcelo de Castro Souza, da linha 2, destacou a expectativa em ser referência em análise de PVT (Pressão-Volume-Temperatura), além de melhorar ferramentas para prever problemas de garantia de escoamento, especialmente em relação a asfaltenos e emulsões, entre outros objetivos.
Alexandre Vital, da linha 3, que é focada em caracterização e modelagem geológica, apontou como objetivo principal gerar modelos geológicos que incluam as principais heterogeneidades para melhor representação do reservatório. Já a linha 4, coordenada por Alessandra Davolio, terá como propósito aproveitar o conhecimento e as técnicas desenvolvidas nas demais linhas de pesquisa para propor soluções integradas.
O EPIC é um Centro de Pesquisa e Engenharia financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), em parcerias com empresas de energia. Suas atividades contam com o apoio do Centro de Estudos de Energia e Petróleo (CEPETRO) e de várias unidades parceiras da Unicamp (Faculdade de Engenharia Mecânica; Instituto de Geociências; Instituto de Computação; Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo; Faculdade de Tecnologia; Centro de Estudos de Energia e Petróleo), além da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP).
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