Esclarecimento

Ex-diretor da ANP desmente afirmações de Dilma sobre pré-sal

O economista e ex-diretor-geral da Agência Nacional de Petróleo (ANP) David Zylbersztajn divulgou nesta terça-feira (12) uma nota de "esclarecimento público" sobre as afirmações da candidata do PT à Presidência da República, D

Redação/ Agências
13/10/2010 10:18
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O economista e ex-diretor-geral da Agência Nacional de Petróleo (ANP) David Zylbersztajn divulgou nesta terça-feira (12) uma nota de "esclarecimento público" sobre as afirmações da candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, na noite do último domingo (10), no primeiro debate do segundo turno da campanha eleitoral promovido pela TV Bandeirantes.
 
 
Dilma levantou a suspeita de que o candidato adversário, o tucano José Serra, queria "privatizar o pré-sal". Ela citou declarações de Zylbersztajn feitas durante seminário da revista Exame, no Rio, em setembro passado. A seguir, a nota do economista:
 
 
Esclarecimento público
 
 
"Durante o debate da Rede Bandeirantes, ocorrido no último domingo, dia 10, a candidata do Partido dos Trabalhadores, sra. Dilma Rousseff referiu-se a mim de forma inverídica e tendenciosa, induzindo, deliberadamente, o eleitor ao erro.
 
 
 
A mesma afirmação tem sido repetida nos programas eleitorais.
 
 
Em primeiro lugar refere-se a mim como assessor do candidato do PSDB, José Serra. Devo esclarecer que não sou, nem nunca fui assessor do candidato.
 
 
Mais grave, afirma que declarei ser a favor da privatização do pré-sal ! A candidata (ou quem a assessora) delira, talvez motivada por assombrações que lhe assomam, vendo uma privatização a cada esquina.
 
 
 
As declarações recentes sobre o assunto (e que encontram-se devidamente registradas em áudio e vídeo) foram dadas em seminário realizado pela Revista EXAME, no Rio de Janeiro, há cerca de uma semana.
 
 
 
Na qualidade de expositor, defendi a manutenção do atual sistema de concessões também para as futuras licitações, sejam elas no pré-sal, ou fora dele.
 
 
As áreas do pré-sal, contém, como seria de se esperar, petróleo e gás, os mesmos existentes nas áreas fora do pré-sal.
 
 
O modelo de partilha proposto, na minha opinião, é danoso aos interesses do país, por motivos diversos, que não cabem explicar em detalhes neste momento.
 
 
O pior deles refere-se à criação de uma estatal para comprar e vender petróleo. Além do mais, a proposta é danosa à Petrobras, que, queira ou não, será obrigada a participar de todos os campos do pré-sal, seja isto de seu interesse, ou não.
 
 
Por fim, nunca é demais lembrar que o exitoso modelo de concessões foi implantado a partir da Lei do Petróleo, a partir de 1999. Durante o governo FHC foram realizados 4 leilões sob este regime (num dos quais foram licitadas as áreas do pré-sal). No governo do PT foram 6. Ou seja, se este é um modelo privatizante, foi aplicado de forma bem sucedida e permanente pelo governo do qual fazia parte a candidata Dilma, inclusive na qualidade de Ministra de Minas e Energia.
 
 
Por fim, este episódio faz-me lembrar de um trecho da introdução do "Crime do Padre Amaro", de Eça de Queirós, onde para uma situação semelhante, o autor afirmava tratar-se de "má fé cínica ou obtusidade córnea". Neste caso, suponho tratar-se de ambas.
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