PD&I

FAPESP e Shell planejam lançar Centro de Inovação Offshore

Redação/Assessoria Fapesp
06/03/2020 09:22
FAPESP e Shell planejam lançar Centro de Inovação Offshore Imagem: Jane Zhang, da Shell Visualizações: 1465

A FAPESP e a Shell planejam lançar um Centro de Inovação Offshore com foco em pesquisa e desenvolvimento de tecnologias para a próxima geração de sistemas de exploração de petróleo em águas profundas.

Como parte da preparação para o lançamento da chamada de propostas, foi realizado no dia 3 de março, em São Paulo, um workshop reunindo pesquisadores de universidades, instituições de pesquisa e de startups, além de representantes da FAPESP e da Shell, com o objetivo de discutir as principais áreas e focos de pesquisa do novo centro.

Divulgação

“Esperamos que surjam desse encontro ideias que nos ajudem a selecionar os temas para elaboração da chamada de propostas prevista para ser lançada pela FAPESP e pela Shell nos próximos meses”, disse Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da FAPESP.

Algumas das áreas que serão exploradas por pesquisadores do centro serão novos materiais e nanotecnologia; ciências da computação e tecnologias digitais; e saúde, segurança, sustentabilidade e meio ambiente.

“O objetivo será desenvolver pesquisas fundamentais e tecnologias de ponta para produção de petróleo em águas profundas”, disse Jane Zhang (foto), gerente-geral de Tecnologia da Shell no Brasil.

“O foco será em pesquisa disruptiva e transformacional de longo prazo, visando atacar problemas que não são óbvios e que valem a pena ser solucionados”, afirmou.

 

Unidades flutuantes de produção

Uma das áreas de pesquisa será voltada ao aprimoramento das instalações e equipamentos usados em unidades flutuantes de produção, armazenamento e transporte de petróleo, como navios FPSO (sigla em inglês de Floating Production Storage and Offloading).

Aproximadamente um terço da frota global dessas embarcações que atendem à indústria de petróleo e gás offshore há quase 35 anos está em operação no Brasil e alguns navios estão prestes a atingir o limite de vida útil. Por isso, apresentam maior probabilidade de apresentar trincas por fadiga e corrosão.

Além desse problema, são necessários FPSOs maiores e mais complexos para exploração de petróleo do pré-sal na bacia de Santos, apontou José Ferrari, principal engenheiro de pesquisa sobre partes superiores de plataformas petrolíferas da Shell no Brasil durante o evento.

“Ao desenvolver e implementar sensores integrados, além de sistemas de aquisição e registros de dados e relatórios de inspeção em tempo real, por exemplo, seria possível melhorar a eficiência e a segurança durante todo o ciclo de vida dessas embarcações”, afirmou.

Outra área de pesquisa do centro será relacionada ao desenvolvimento de sistemas submarinos de processamento e produção de petróleo.

Atualmente, há dezenas de campos marginais em águas profundas que não atendem aos requisitos econômicos para as indústrias petrolíferas investirem.

“Isso equivale a dezenas de bilhões de dólares em valor ocioso”, avaliou Rosane Zagatti, gerente de Tecnologia Submarina da Shell.

Para viabilizar a exploração desses campos marginais será preciso reduzir o tempo necessário para projetar e desenvolver tecnologias inovadoras, afirmou Zagatti.

Divulgação

Parceria ampla

O novo centro será o terceiro lançado pela FAPESP em parceria com a Shell no âmbito do programa Centros de Pesquisa em Engenharia (CPE).

O primeiro foi o Centro de Pesquisa para Inovação em Gás (RCGI), sediado na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP).

O segundo, lançado em 2018, é o Centro de Inovação em Novas Energias (CINE), com unidades na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) e no Instituto de Química de São Carlos da USP.

“A ideia do programa CPE é colocar pesquisadores de universidades, instituições de pesquisa e de empresas para trabalharem juntos em projetos de pesquisa avançada e de longa duração”, afirmou Brito Cruz.

“O programa CPE tem crescido muito rapidamente e já é uma maiores iniciativas no país voltada a promover pesquisa colaborativa entre universidades e empresas”, ressaltou.

 

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Royalties
Valores referentes à produção de outubro para contratos ...
24/12/25
PD&I
ANP aprimora documentos relativos a investimentos da Clá...
23/12/25
CBios
RenovaBio: prazo para aposentadoria de CBIOS por distrib...
23/12/25
GNV
Sindirepa aguarda redução no preço do GNV para o início ...
23/12/25
Apoio Offshore
OceanPact firma contrato de cerca de meio bilhão de reai...
23/12/25
Sergipe
Governo de Sergipe e Petrobras debatem infraestrutura e ...
23/12/25
Drilling
Foresea é eleita a melhor operadora de sondas pela 4ª ve...
22/12/25
Certificação
MODEC celebra 10 anos da certificação de SPIE
22/12/25
Pré-Sal
ANP autoriza início das operações do FPSO P-78 no campo ...
22/12/25
IBP
Congresso Nacional fortalece papel da ANP
22/12/25
E&P
Investimento para o desenvolvimento do projeto Sergipe Á...
19/12/25
Bahia Oil & Gas Energy
Bahia Oil & Gas Energy abre inscrições para atividades t...
19/12/25
PPSA
Produção em regime de partilha ultrapassa 1,5 milhão de ...
19/12/25
Petroquímica
Petrobras assina novos contratos de longo prazo com a Br...
19/12/25
Energia Eólica
ENGIE inicia operação comercial total do Conjunto Eólico...
18/12/25
Parceria
Energia renovável no Brasil: Petrobras e Lightsource bp ...
18/12/25
Biorrefinaria
Inpasa anuncia nova biorrefinaria em Rondonópolis (MT) e...
18/12/25
iBEM26
Startup Day vai mostrar tendências e inovações do setor ...
17/12/25
PD&I
Rio ganha novo Centro de Referência em Tecnologia da Inf...
17/12/25
Etanol de milho
Produção de etanol de milho cresce, mas disputa por biom...
17/12/25
Gás Natural
Produção de gás natural bate recorde no Brasil, e consum...
17/12/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.