COP30
Redação TN Petróleo/Assessoria IBP
O Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), por meio de sua Comissão de Inspeção, realizou nesta quinta-feira (13) o Fórum Técnico de Inspeção. Com o tema "Novas Tecnologias em Inspeção de Equipamentos", o evento, que contou com o patrocínio da Petrobras e do Governo Federal, reuniu especialistas do segmento para debater os desafios da gestão de integridade e as inovações tecnológicas aplicadas a ativos offshore.
Na abertura do fórum, Pablo Bartholo, coordenador do GRINSP/SE, da Origem Energia, destacou a importância do encontro para a troca de informações. "Se nós não nos atualizarmos, não trocarmos informação, ficamos para trás", afirmou.
Eric Fernandes, especialista em estruturas de topside da SBM Offshore, apresentou a palestra "Gestão e Integridade de Estruturas Offshore", ressaltando que o aumento significativo de portes das novas gerações de navios – que passaram cerca de 10 mil para até 50 mil toneladas de aço –, somado ao envelhecimento dos ativos, reforça a necessidade de programas de gestão mais robustos. Segundo ele, a SBM está alinhada às novas exigências da agência reguladora, utilizando metodologias quantitativas e critérios de engenharia para reparos, indo além da simples inspeção visual.
Julio Endress, engenheiro de inspeção do centro de pesquisa da Petrobras, demonstrou a rápida evolução das ferramentas utilizadas no campo, como o escaneamento 3D a laser e um novo equipamento portátil - ainda menor, sem fio e conectado ao celular - que facilita o trabalho em andaimes e locais de difícil acesso. "O objetivo é usar essa tecnologia para avaliar com precisão geometrias complexas, como as causadas por corrosão externa, e automatizar a coleta de dados com robôs e drones, evitando a exposição de trabalhadores a riscos em altura ou em tanques", explicou.
Rodrigo Sacramento, engenheiro de materiais da Trident, abordou a aplicação de Ensaios Não Destrutivos (END) avançados na prática. Como um player novo no mercado, o grande desafio da empresa é gerenciar a integridade de ativos antigos adquiridos da Petrobras, incluindo plataformas com início de operação na década de 70. Sacramento explicou que a empresa está em transição de um plano de inspeção baseado na NR-13 para a adoção do RBI (Inspeção Baseada em Risco) a partir de 2026, o que demandará o uso de medições mais completas.
Além das apresentações mencionadas, empresas associadas ao IBP, como Brava e Shell, também integraram os painéis da programação da tarde, ampliando a troca de conhecimentos e contribuindo para o aprofundamento dos debates. O evento contou com o patrocínio da Petrobras e do Governo Federal.
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