O presidente da Shell Brasil, Vasco Dias, esteve na manhã de hoje com o governador do Espírito Santo, Paulo Hartung, e o secretário de Desenvolvimento, Guilherme Dias, para oficializar a chegada ao Brasil da plataforma flutuante que vai operar no Parque das Conchas, na Bacia de Campos.
Assessoria ShellO presidente da Shell Brasil, Vasco Dias, esteve na manhã de hoje com o governador do Espírito Santo, Paulo Hartung, e o secretário de Desenvolvimento, Guilherme Dias, para oficializar a chegada ao Brasil da plataforma flutuante que vai operar no Parque das Conchas, na Bacia de Campos.
O FPSO levou 35 dias de viagem após deixar o estaleiro em Cingapura até chegar, no domingo (14) ao Parque das Conchas, localizado a aproximadamente 110 quilômetros da cidade de Vitória (ES), e onde a Shell Brasil Ltda. é operadora (com 50%); e tem como parceiros a Petrobras (com 35%); e a ONGC Campos Ltda. (com 15%).
Em 2009, a empresa vai concluir a instalação dos equipamentos submarinos que permitirão o início da produção, previsto para o segundo semestre do próximo ano. O projeto apresenta uma série de desafios tecnológicos, em virtude de sua localização em águas profundas (lâmina d’água de 1.500 a 2.000 metros), reservatórios geologicamente complexos e com baixa pressão, além da predominância de óleo pesado.
“A chegada do FPSO Espírito Santo é um marco importante no desenvolvimento do Parque das Conchas e reitera nosso compromisso de longo prazo com o Brasil, onde operamos há 95 anos. Fomos a primeira empresa privada a produzir petróleo na Bacia de Campos e, desde 1998, já investimos mais de US$ 2,3 bilhões em atividades de Exploração e Produção no país. O desenvolvimento do Parque das Conchas é uma iniciativa importante para a comercialização de óleo pesado em águas profundas no Brasil”, declarou Vasco Dias.
A experiência e tecnologia da Shell em águas profundas serão primordiais na extração de petróleo e gás. Devido à baixa pressão natural dos reservatórios, o projeto utilizará um sistema de elevação artificial submarina com bombas elétricas de alta pressão instaladas em tubulões para ajudar a impulsionar o óleo para o FPSO. Em função da complexidade geológica dos campos, o desenvolvimento irá usar poços horizontais, que podem atingir até 1 quilômetro de extensão no interior do reservatório.
O governador Paulo Hartung afirmou que a noticia trazida pela Shell chega em um bom momento, encerrando um ano de notícias importantes para o setor no estado, ao mesmo tempo em que o mundo atravessa uma grave crise econômica. “Em meio a uma crise internacional, com reflexos negativos para o Brasil e para o Espírito Santo, estamos recebendo mais uma boa notícia, que abre novas possibilidades para os capixabas”, afirmou.
O secretário Guilherme Dias destacou que a entrada em produção de mais um FPSO no litoral capixaba consolida e alavanca o Espírito Santo como o segundo produtor nacional de petróleo. “Além da forte presença da Petrobras como operadora de blocos, temos agora a participação de uma das grandes empresas petrolíferas do mundo operando no nosso litoral. Num momento de retração de investimentos em todo o mundo, o dinamismo do setor de petróleo e gás no Estado tem sido decisivo para manter investimentos e empregos, atraindo fornecedores e prestadores de serviços”, disse.
Dados técnicos:
O FPSO Espírito Santo tem capacidade para o processar diariamente 100 mil barris de petróleo e 1,42 milhão de metros cúbicos de gás, além de estocagem máxima de 1,4 milhão de barris. O projeto do Parque das Conchas será realizado em duas fases. A primeira etapa envolve dois campos (Abalone e Ostra) e a zona de produção Argonauta B-West, com nove poços produtores e um poço injetor de gás. A segunda fase terá como foco a zona de produção Argonauta O-North.
A distância entre os campos pode chegar a 20 quilômetros. Conforme originalmente previsto, o gás natural excedente será inicialmente reinjetado no campo de Ostra até que o sistema de escoamento de gás esteja operacional. A medida contribui para o meio ambiente, evitando a queima do gás e a conseqüente emissão de CO2 na atmosfera.
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