Logística

Futuro dos portos no Brasil envolve tratamento de resíduos e geração de energia

Estudo do Instituto Virtual Internacional de Mudanças Globais.

Agência Brasil
03/09/2014 20:40
Visualizações: 958 (0) (0) (0) (0)

 

O Instituto Virtual Internacional de Mudanças Globais (Ivig), vinculado ao Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe), da Universidade Federal do Rio de Janeiro, prevê que a maioria dos portos administrados pelo governo federal  estará “dentro da linha” nos próximos três anos no que se refere ao tratamento de resíduos e efluentes.  A previsão é do coordenador do Instituto, professor Marcos Freitas, que anunciou hoje (3) à Agência Brasil o início dos projetos básicos com essa finalidade. Adiantou, ainda que, antes desse prazo, alguns portos deverão gerar sua própria energia.
Por meio do Programa de Planejamento Energético (PPE) da Coppe, o Ivig desenvolve para a Secretaria de Portos da Presidência da República o  Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos e Efluentes, envolvendo 22 dos 33 portos sob administração federal em todo país.
A primeira fase do programa foi encerrada no fim do ano passado, com o lançamento de um guia nacional, que identificou problemas de natureza qualitativa nos portos.  O investimento alcançou R$ 16 milhões no âmbito do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), dos quais R$ 9 milhões foram  destinados à contratação das 17 universidades que participam  do projeto.
Em andamento, a segunda fase, também com custo avaliado em R$ 16 milhões, tem conclusão prevista para o fim do primeiro semestre de 2015. “Agora, estamos definindo soluções quantitativas, que são os projetos básicos”, disse Freitas. Acrescentou que a implementação das soluções  deverá ser feita pelo mercado.
Um dos resultados do programa são 22 manuais  de boas práticas portuárias, com diagnóstico e orientações para cada porto. Levantamento feito pelos pesquisadores  identificou que os 22 portos participantes do programa geraram em 2013 cerca de 5,3 mil toneladas de material reciclável convencional, como madeira, papel e resíduos ferrosos. Conforme os dados, se esse volume tivesse sido comercializado teria gerado para os portos cerca de R$ 2 milhões.
Marcos Freitas salientou que, mais importante que os recursos gerados, é a redução do custo com os resíduos, o que pode ocorrer com a reciclagem. “Hoje, os portos pagam, em média,  R$ 300 por tonelada  para retirada desses resíduos”, ressaltou. Esse valor é mais alto que o do lixo urbano, estimado em R$ 50 a tonelada. Segundo o especialista,  uma melhor solução pode dar aos portos condições de reduzir custos com a retirada dos resíduos e, ao mesmo tempo, ganhar dinheiro com o reaproveitamento desse material.
Conforme o técnico, o exemplo é o Porto de Paranaguá, que registra muita entrada e saída de grãos, aproveita  os resíduos de soja para gerar biodiesel para o próprio porto, eventualmente o substrato vegetal para recompor o solo, além de produzir capas de grama verde e até alguma coisa com biogás”, indicou Freitas.
Destacou que hoje  o mais importante é buscar soluções para a integração porto/cidade. Com  base em exemplos bem sucedidos na Europa e nos Estados Unidos,  Freitas adiantou que deve ser dada imediata atenção à qualidade da água no entorno dos portos, fruto da melhoria do tratamento do esgotamento sanitário da cidade e das águas usadas pela estrutura portuária, além da redução da circulação de resíduos para fora das unidades ou para regiões muito distantes.
O Instituto e a rede de universidades também alertaram para o perigo de pandemia, vinculada à  fauna sinantrópica nociva, como ratos, baratas, mosquitos da dengue e pombos, entre outros. “Reduzindo   os resíduos e efluentes, essa fauna também é reduzida. Com isso, melhoramos a saúde da população, da cidade e do país, observou Marcos Freitas.
Assinalou que a Coppe trabalha  para, em 18 meses,  dotar o Brasil de um ou dois  pilotos de portos como geradores de sua própria energia. Além de Paranaguá, estão sob análise os portos de Santos, Rio de Janeiro e Fortaleza. Concluiu afirmando que, dependendo de entendimentos com  a Secretaria de Portos, as 11 unidades restantes também poderão ser incluiídas no programa de gerenciamento. 

O Instituto Virtual Internacional de Mudanças Globais (Ivig), vinculado ao Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe), da Universidade Federal do Rio de Janeiro, prevê que a maioria dos portos administrados pelo governo federal  estará “dentro da linha” nos próximos três anos no que se refere ao tratamento de resíduos e efluentes.  

A previsão é do coordenador do Instituto, professor Marcos Freitas, que anunciou hoje (3) à Agência Brasil o início dos projetos básicos com essa finalidade.

Adiantou, ainda que, antes desse prazo, alguns portos deverão gerar sua própria energia.

Por meio do Programa de Planejamento Energético (PPE) da Coppe, o Ivig desenvolve para a Secretaria de Portos da Presidência da República o  Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos e Efluentes, envolvendo 22 dos 33 portos sob administração federal em todo país.

A primeira fase do programa foi encerrada no fim do ano passado, com o lançamento de um guia nacional, que identificou problemas de natureza qualitativa nos portos.  

O investimento alcançou R$ 16 milhões no âmbito do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), dos quais R$ 9 milhões foram  destinados à contratação das 17 universidades que participam  do projeto.

Em andamento, a segunda fase, também com custo avaliado em R$ 16 milhões, tem conclusão prevista para o fim do primeiro semestre de 2015. “Agora, estamos definindo soluções quantitativas, que são os projetos básicos”, disse Freitas. Acrescentou que a implementação das soluções  deverá ser feita pelo mercado.

Um dos resultados do programa são 22 manuais  de boas práticas portuárias, com diagnóstico e orientações para cada porto. Levantamento feito pelos pesquisadores  identificou que os 22 portos participantes do programa geraram em 2013 cerca de 5,3 mil toneladas de material reciclável convencional, como madeira, papel e resíduos ferrosos.

Conforme os dados, se esse volume tivesse sido comercializado teria gerado para os portos cerca de R$ 2 milhões.

Marcos Freitas salientou que, mais importante que os recursos gerados, é a redução do custo com os resíduos, o que pode ocorrer com a reciclagem. “Hoje, os portos pagam, em média,  R$ 300 por tonelada  para retirada desses resíduos”, ressaltou.

Esse valor é mais alto que o do lixo urbano, estimado em R$ 50 a tonelada. Segundo o especialista,  uma melhor solução pode dar aos portos condições de reduzir custos com a retirada dos resíduos e, ao mesmo tempo, ganhar dinheiro com o reaproveitamento desse material.

Conforme o técnico, o exemplo é o Porto de Paranaguá, que registra muita entrada e saída de grãos, aproveita  os resíduos de soja para gerar biodiesel para o próprio porto, eventualmente o substrato vegetal para recompor o solo, além de produzir capas de grama verde e até alguma coisa com biogás”, indicou Freitas.

Destacou que hoje  o mais importante é buscar soluções para a integração porto/cidade. Com  base em exemplos bem sucedidos na Europa e nos Estados Unidos,  Freitas adiantou que deve ser dada imediata atenção à qualidade da água no entorno dos portos, fruto da melhoria do tratamento do esgotamento sanitário da cidade e das águas usadas pela estrutura portuária, além da redução da circulação de resíduos para fora das unidades ou para regiões muito distantes.

O Instituto e a rede de universidades também alertaram para o perigo de pandemia, vinculada à  fauna sinantrópica nociva, como ratos, baratas, mosquitos da dengue e pombos, entre outros. “Reduzindo os resíduos e efluentes, essa fauna também é reduzida.

Com isso, melhoramos a saúde da população, da cidade e do país, observou Marcos Freitas.

Assinalou que a Coppe trabalha  para, em 18 meses,  dotar o Brasil de um ou dois  pilotos de portos como geradores de sua própria energia.

Além de Paranaguá, estão sob análise os portos de Santos, Rio de Janeiro e Fortaleza.

Concluiu afirmando que, dependendo de entendimentos com  a Secretaria de Portos, as 11 unidades restantes também poderão ser incluiídas no programa de gerenciamento. 

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Santa Catarina
SCGÁS garante fornecimento de gás natural em Santa Catarina
01/08/25
Gás Natural
Algás amplia a interiorização do Gás Natural com rede pi...
01/08/25
Energia Elétrica
ONS divulga resultado do 2º Mecanismo Competitivo para c...
01/08/25
Gás Natural
Gasmig reduz tarifas de gás natural para indústrias e ve...
01/08/25
Evento
O principal congresso de END & Inspeção da América Latin...
01/08/25
Brasil
Governo Trump isenta petróleo e derivados de nova tarifa...
01/08/25
Combustíveis
ANP retoma Programa de Monitoramento da Qualidade dos Co...
01/08/25
Evento
Conferência Internacional de Energias Inteligentes acont...
01/08/25
Pré-Sal
MODEC celebra 15 e 10 anos dos FPSOs MV20 e MV26
31/07/25
Biodiesel
Produção de biodiesel em MT sobe 4,64% em junho no compa...
31/07/25
Sergipe Oil & Gas 2025
Sergipe Oil & Gas 2025 reforça protagonismo do estado na...
31/07/25
Acordo
Assinado acordo de leniência com empresas de energia e i...
31/07/25
Evento
Congresso da FIEE debate segurança energética em cenário...
31/07/25
Rio Grande do Sul
Sindienergia-RS e Países Baixos fortalecem conexões para...
30/07/25
Sergipe Oil & Gas 2025
Comquality é destaque em Painel sobre segurança de Proce...
30/07/25
Evento
Fenasucro & Agrocana promove debates sobre o futuro da m...
30/07/25
Resultado
Produção de petróleo e gás natural da Petrobras aumenta 5%
30/07/25
Refino
Com investimento de R$ 490 milhões, Refinaria de Cubatão...
30/07/25
Firjan
Em Brasília para tratar do tarifaço, Firjan se reúne com...
30/07/25
Descarbonização
Comerc chega a 500 Jornadas de Descarbonização e amplia ...
29/07/25
Resultado
ANP divulga dados consolidados em inglês do setor regula...
28/07/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

22