Jornal do Commercio
A estratégia da Petrobras de ser uma empresa integrada de energia deve ser levada para outras partes do mundo. Combinando as atividades de exploração, produção, refino e distribuição, a companhia tem o controle sobre toda a cadeia, o que possibilita minimizar indesejadas variações de margem.
O presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli (foto), afirma em entrevista concedida em Houston, Texas, que a integração deve ser uma estratégia a ser perseguida pela companhia e que as possibilidades em torno desse projeto serão analisadas à medida que aparecerem nos mercados onde a Petrobras atua - hoje a companhia está presente em 23 países.
Nos Estados Unidos, a empresa tem negócios em exploração e possui metade da refinaria de Pasadena, no Texas, cujo controle total está sendo negociado com a Astra Oil. Gabrielli diz que, com a finalidade de integração, a entrada da companhia nas atividades de distribuição também pode ser analisada naquele país. O apetite da companhia pelo mercado americano, aliás, parece bastante aguçado.
Nesta semana, nenhum visitante ou expositor da Offshore Technology Conference (OTC), que acontece na cidade de Houston, passou ileso à marca Petrobras. Os corrimãos de todas as escadas rolantes do evento receberam adesivos com o logotipo da empresa, em verde e amarelo. É um detalhe que confirma a impressão que se tem nos bastidores: a de que a Petrobras procura marcar território nos Estados Unidos.
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