Integração

Gasoduto do Sul é viável, diz Ildo Sauer

O diretor de gás e energia da Petrobras contestou o argumento de fontes do mercado de que o gás teria que sair com valores subsidiados da Venezuela para que o duto fosse viável economicamente. "Quem diz isso, ou não fez conta ou não tem conhecimento da indústria de gás", afirma Sauer.


22/03/2006 03:00
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O diretor de gás e energia da Petrobras, Ildo Sauer, defende o projeto do mega-gasoduto da Venezuela e acredita que o duto poderá ser absolutamente viável economicamente. O executivo contestou o argumento de fontes do mercado de que para viabilizar o duto o gás teria que sair com valores subsidiados da Venezuela. "Quem diz isso, ou não fez conta ou não tenha conhecimento da indústria de gás", afirma Sauer.

Em defesa do Gasoduto do Sul, como é conhecido o gasoduto que parte da Venezuela, atravessa o Brasil e chega a Argentina, Sauer cita o exemplo dos grandes gasodutos de mais de 8 mil km e 1,5 m de diâmetro que partem da Sibéria, na Rússia, para abastecer a Europa Ocidental em condições bem mais difíceis do que as da América do Sul, segundo ele informa.

"Atualmente estão construindo um gasoduto de 1,2 mil quilômetros, que parte de São Petesburgo, na Rússia, e chega a Hamburgo, na Alemanha, e depois segue até Londres. Também estão sendo construídos gasodutos competitivos desde o Alasca e desde o Canadá até os Estados Unidos. No caso do Gasoduto do Sul, os estudos feitos pela Petrobras, pela PDVSA e por outros indicam que é viável", diz. 

No entanto, o executivo ressalta que este é um investimento de longo prazo. O parâmetro europeu, que recebe gás de cinco fontes distintas, com longos gasodutos desde a Sibéria e outros provenientes dos países do Norte da Europa e do Norte da África, com complementos de GNL (Gás Natural Liquefeito) é o que se pretende ser desenvolvido na América do Sul. A idéia é integrar as fontes, mas este é um processo longo e gradual, destaca.

O projeto de integração de gasodutos da América do Sul, segundo Sauer, seria baseado no gasoduto da Venezuela até a Argentina como "espinha dorsal" de integração, interligando a produção da Venezuela, Bolívia, Brasil, Argentina e, no futuro, do Peru. O modelo é similar ao europeu. "A diferença que isso aqui vai levar anos e o gás venezuelano só deverá chegar a Argentina em 2014", sugere.

O diretor da Petrobras destaca, no entanto, que a idéia do mega-gasoduto não é da Petrobras, embora haja técnicos da companhia estudando o projeto, assim como a técnicos da PDVSA. O projeto é do governos do Brasil e da Venezuela.

O executivo esteve presente, nesta terça-feira (22/01) no primeiro encontro do Programa de Visibilidade do cadastro ONIP de Fornecedores, promovido pela Organização Nacional da Indústria do Petróleo e Gás (Onip). A primeira companhia convidada foi a WEG, empresa brasileira de equipamentos industrias e pinturas navais, fornecedora da indústria petrolífera. O programa de visibilidade pretende fazer a apresentação de empresas fornecedoras do setor a cada dois meses.

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