Redação/Assessoria
A gestão dos contratos de partilha de produção já está sendo realizada por meio do sistema digital desenvolvido pela Pré-Sal Petróleo. A empresa acaba de disponibilizar para os operadores mais três módulos do Sistema de Gestão de Gastos de Partilha de Produção (SGPP), completando um total de sete interações dedicadas à operacionalização dos contratos. Desta forma, toda a documentação referente à votação de ballots, conteúdo local, auditoria do custo em óleo, reconhecimento e recuperação de custos passam a ser acompanhadas online pela empresa e pelos operadores. A equipe técnica da companhia também tem acesso pelo sistema ao monitoramento da produção de cada contrato e ao cálculo do excedente em óleo.
Segundo André Onofre, gerente de Tecnologia da Informação, o sistema facilita a gestão dos contratos de partilha de produção (CPP) e traz mais agilidade, transparência, segurança e confiabilidade ao projeto para a companhia e operadores. Um exemplo é a validação das remessas encaminhadas à Pré-Sal Petróleo para reconhecimento de custos dos contratos. Anteriormente, as mesmas eram enviadas em planilhas excel e os técnicos da Pré-Sal Petróleo levavam cerca de dois dias para fazer, manualmente, a análise da consistência dos documentos. “Hoje, quando o operador envia a planilha online, o sistema faz a validação automática em até 40 segundos. Caso haja alguma linha de custo que não esteja 100%, o próprio sistema reconhece o erro (a partir de parâmetros pré-definidos) e devolve a planilha para o operador, identificando os campos para reparação. Com isso, o operador pode corrigir a remessa mais rápido e a equipe técnica da Pré-Sal Petróleo ganha tempo para as análises mais complexas ”, explica o superintendente de Exploração, Augusto Silva Telles.
O SGPP já está sendo utilizado regularmente pela Petrobras para os contratos de Libra, Uirapuru, Alto de Cabo Frio Central, Peroba, Dois Irmãos e Três Marias. A Shell já adotou para Alto de Cabo Frio Oeste e Sul do Gato do Mato. A expectativa é de que nos próximos meses os dados de todos os CPPs estejam no sistema. “ As primeiras experiências foram muito boas e construtivas. Estamos conversando com todas as operadoras e customizando o que é possível para atender às demandas”, explicou Telles.
Até setembro, outros três módulos do SGPP entrarão em operação para dar suporte às demais áreas de atuação da empresa. Dois deles reunirão os processos relativos aos acordos de individualização da produção e à Equalização de Gastos e Volumes (conciliações financeiras decorrentes desses acordos) e o terceiro será dedicado à atividade de comercialização do petróleo e gás da União.
A entrada em operação do SGPP é o primeiro passo para a transformação digital da companhia. Segundo Onofre, o próximo desafio é acrescentar ferramentas de Analytics e de inteligência artificial, o que permitirá tanto o acompanhamento de todas as atividades dos projetos em tempo real quanto a produção de relatórios customizados, comparando dados entre os CPPs. “Queremos utilizar a tecnologia para otimizar nossa atuação. Os robôs atuam nas tarefas rotineiras e os nossos técnicos atuam focados no negócio. Estamos formando uma base robusta com todos os dados de operação dos contratos. Os técnicos poderão comparar desde variação de custos de projetos até preços por equipamentos ou mesmo identificar quais são os CCPs mais rentáveis para a União. Isso ajudará na tomada de decisão”, explicou Onofre.
O projeto foi contratado com tecnologia da informação na modalidade “Software As A Service” (SaaS). Para cumprir a meta desafiadora de entrar em operação em sete meses, foram mapeados previamente todos os processos adotados na Pré-Sal Petróleo para a realização de suas atividades e adotado o conceito de metodologia ágil de desenvolvimento durante a fase de construção do SGPP. Uma das vantagens técnicas do sistema é o fato de ser escalável, permitindo que a companhia acrescente a gestão de futuros contratos de partilha nos próximos anos. A integridade e o sigilo de dados de cada CPP também são garantidos e resguardados pelo sistema. Cada operador terá acesso exclusivamente aos dados do seu contrato.
A Pré-Sal Petróleo é uma empresa vinculada ao Ministério de Minas e Energia e tem como missão fazer a gestão dos contratos de partilha, representar a União nos acordos de individualização da produção e fazer a comercialização de todos os hidrocarbonetos da União. Hoje estão em vigor 14 contratos de partilha de produção.
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