<P>O terminal pesqueiro foi anunciado em abril do ano passado, mas ainda não saiu do papel. Ele terá capacidade para movimentar 300 toneladas de pescado por dia e demandará investimentos de R$ 20 milhões. A unidade terá câmaras frigoríficas para armazenamento do pescado e promoverá leilões ...
Jornal do Commercio - RJO terminal pesqueiro foi anunciado em abril do ano passado, mas ainda não saiu do papel. Ele terá capacidade para movimentar 300 toneladas de pescado por dia e demandará investimentos de R$ 20 milhões. A unidade terá câmaras frigoríficas para armazenamento do pescado e promoverá leilões para o mercado de varejo. Segundo a SEAP, permitirá reduzir em cerca de 50% o preço do quilo do produto.
A unidade chegou a ser disputada pela Prefeitura de Niterói, que sugeriu uma área na Ilha da Conceição. Segundo o chefe do escritório da SEAP, Jayme Ferreira Filho, o terminal será, contudo, impreterivelmente construído no Rio. Temos essa área (no Caju), mas existem diversas outras áreas em perspectivas. Esse terminal não necessariamente será instalado ali, diz Ferreira Filho.
Empresários do porto e da indústria naval entendem que as estreitas ruas do Caju não comportariam o aumento do fluxo de caminhões provocado pela unidade pesqueira. Além disso, os barcos de pesca tumultuariam a circulação de navios que seguem em direção ao Porto do Rio. A própria Companhia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ), estatal federal, posicionou-se contrária à instalação no local.
Pelo atual projeto, o TPP do Rio será vizinho ao estaleiro Sermetal, que foi recentemente contratado para construir nove petroleiros para a Transpetro (empresa de logística da Petrobras) por US$ 866 milhões. Os 40 mil metros quadrados reservados para o TPP foram, inclusive, desapropriados do terreno do estaleiro.
Existe realmente o plano de petroleiros que, segundo o estaleiro Sermetal e outras empresas do Caju, seria impactado pela nossa planta industrial, diz Ferreira Filho, acrescentando que o setor de pesca -trabalhadores e empresários - participará da decisão do melhor local para instalação do terminal.
O secretário estadual de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento, Christino Áureo, conta que o atraso prejudica o setor pesqueiro do Rio, terceiro maior do país. Ele afirma, contudo, estar confiante de uma solução para a questão.
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